IMB

Inflação em Goiânia foi de 7,31% em 2016

Apesar de menor que a registrada em 2015, a inflação em Goiânia em 2016 ainda…

Apesar de menor que a registrada em 2015, a inflação em Goiânia em 2016 ainda chegou a patamares elevados. Com o avanço de 0,13% em dezembro, o saldo total do ano foi cravado em 7,31%, motivado principalmente pelas altas em alimentos como o feijão, a banana e o café.

Apesar do resultado, conforme levantamento da Gerência de Pesquisas Sistemáticas e Especiais do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), no ano passado os três maiores gastos das famílias subiram menos. Habitação ficou em -0,18% devido a queda da tarifa de energia elétrica (-16,68%) e aos menores reajustes de água e esgoto, de gás de cozinha e do aluguel residencial. Já as despesas com alimentação subiram em média 7,99% e as despesas pessoais tiveram avanço de 8,47%.

Segundo o gerente Marcelo Eurico de Sousa, o consumidor tem razão ao reclamar que os preços estão em alta. “Falar em taxas menores ou recuo da inflação em 2016 não representa propriamente um ganho. É claro que a perda do poder aquisitivo das famílias foi menor que em 2015, mas os preços não recuaram ou pararam de aumentar. As pessoas diminuíram ou pararam de consumir simplesmente porque não tinham dinheiro para consumir bens e serviços além do necessário”, explica Marcelo.

Ele observa que o ano de 2017 começa com algumas demandas reprimidas. Contudo, alerta, “reiniciamos o ciclo de aumentos de preços que ocorrem em vários grupos de despesas, como o novo salário mínimo, mensalidades escolares, IPTU, IPVA e sabe-se lá o que mais. Por isso, não podemos perder o foco de pesquisar muito antes de comprar. E, comprar sempre aquilo que é necessário com prioridade ao pagamento à vista e poupar sempre que possível para realizações futuras”, aconselha.

Variações

No ano passado, o campeão de aumento de preço do grupo de alimentação foi o feijão preto que subiu 65,23%. Em seguida, estão a banana prata (32,46%), o feijão carioca (29,41%), o café (23%), o açúcar (17,15%), o óleo de soja 15,99%), a margarina (15,79%), o alho (15,41%). Também tiveram aumentos de preços, bem superiores a inflação do período, os ovos (12,01%), macarrão (11,19%), arroz (10,55%), leite (9,68%), pão francês (8,33%) e outros.

Na contrapartida, estão a carne bovina (coxão duro) que chegou a diminuir 0,61%, alface (-1,48%), frango (-2,20%), melancia (-18,24%), cenoura (-27,98%), tomate (-30,41%), cebola (35,78%) e a batata inglesa (-36,28%).

Os demais grupos que compõe o índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Goiânia também tiveram variação positiva, na comparação com o ano de 2015. O grupo transportes subiu 11,52%, educação (13,76%), saúde e cuidados pessoais (12,91%), despesas pessoais (8,47%), artigos residenciais (9,19%) e vestuário (7,65%). O grupo de comunicação foi o único que ficou abaixo da inflação do período, com variação de 0,61%.

Pelo levantamento do IMB/Segplan, a energia elétrica teve queda de 16,68% no ano passado na comparação com o ano anterior e o telefone celular pós-pago caiu 16,95%. Por outro lado, tiveram altas as tarifas de água e esgoto (9,13%), de ônibus urbano (12,12%), telefone fixo (2,87%), celular pré-pago (4%), gás de cozinha (0,33%), etanol (12,64%) e a gasolina (6,35%). Embora tenha aumentado, o aluguel residencial variou 5,02%, taxa inferior a de 2015 (6,62%).

Cesta básica

Em 2016, na cesta básica, o campeão de aumento de preço foi o feijão (43,61%), seguido das frutas (20,47%), do açúcar (17,18%), farinhas/massas (16,11%), margarina (16%), óleo de soja (15,92%), café (13,18%), arroz (10,49%), leite (9,69%) e do pão (8,33%). Os únicos produtos que tiveram recuo de preços foram os legumes/tubérculos (-12,44%).