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Itens para preparo de comidas da festa junina podem variar 266%, diz Procon

Alimentos utilizados em preparos das tradicionais comidas típicas das festas juninas podem ter variação de…

Alimentos utilizados em preparos das tradicionais comidas típicas das festas juninas podem ter variação de até 266%. Esse é o resultado da pesquisa realizada pelo Procon, que passou por 11 supermercados e balanceou o preço de 91 itens como fubá de milho, milho de pipoca, leite de coco, coco ralado, amendoim, entre outros.

De acordo com o gerente de Pesquisa e Cálculo, Gleidson Tomaz, ao levar consideração diversas marcas, a canela em pó foi o produto que apresentou maior índice de variação: 226%. Ou seja, ela era encontrada a R$ 1,39, em 2018, e agora custa R$ 5,09. O milho de pipoca também sofreu variação de 154% ao passar R$ 1,79, em 2018, para R$ 4,55 neste ano. O gerente ressalta que o consumidor deve sempre fazer pesquisas em, no mínimo, três estabelecimentos para que encontre um bom preço. “Muitas pessoas acham que isso não vai fazer diferença no orçamento final. Porém, uma canjica que leva sete produtos pode sair entre R$ 21,08 e R$ 46,02. Ou seja: 104% de variação”, conta o gerente.

O gerente também pontua que é melhor a pessoa verificar a qualidade do alimentos e, se as pesquisas forem realizadas em estabelecimentos forem perto de casa, vale o fracionamento da compra. “Muitas pessoas acham que um produto bom é de determinada marca, mas se surpreende com outro de outra marca que não é tão conhecida. Outro ponto que vale é prestar atenção sobre a qualidade e higiene do local”, explica.

A pesquisa também levou em consideração os preços encontrados esse ano, comparados com o mesmo período de 2018. Gleidson destaca que os produtos estão 6,15% mais caros em relação ao ano passado. A variação é maior do que a registrada pela inflação oficial, que fechou em 4,52%.

Nessa linha, um alimento individual, como amendoim de 500 gramas, teve variação de 51,40%. Em 2018 era vendido por R$ 11,40 e agora custa R$ 17,26. Erva-doce foi o segundo produto com a maior variação encontrada de um ano para outro ao registrar índice de 37,78%. “Em contramão disso, temos a batata doce, que no ano passado foi tida como a vilã nesse período e era encontrada por R$ 3. Nesse ano já conseguimos encontrá-la por R$ 1,65 o quilo”, destaca Gleidson.