Combustível

Procon Goiás instaura ação civil pública contra 60 postos de combustíveis da capital

O Procon Goiás instaurou nesta sexta-feira (10) uma ação civil pública contra 60 postos de…

O Procon Goiás instaurou nesta sexta-feira (10) uma ação civil pública contra 60 postos de combustíveis de Goiânia, por conta do alto preço do etanol (confira a lista aqui). Segundo a Superintendente do órgão, Darlene Araújo, a pesquisa de preços foi realizada em 160 postos da capital para apurar o aumento abusivo dos preços de combustíveis ocorrida no final do mês de outubro e início de novembro.

“Com relação ao etanol, nós constatamos que houve um aumento de preço sem nenhuma justificativa”, disse. “Em julho o preço era de R$ 2,90, agora no início de novembro foi para R$ 3,29”, contou.

Conforme apuração do Procon, verificou-se que o lucro bruto dos postos de combustíveis saltou de R$ 0,24 centavos para R$ 0,53 centavos por litro de etanol vendido, o que representou um incremento de mais de 120% na margem de lucro. “A ação civil pública visa retornar a margem de lucro bruta praticada em julho, que significa uma redução em torno de R$ 0,30 no preço do etanol sob pena de multa”, explicou Darlene.

Melhor opção

Com esta medida, o Procon acredita que haverá uma mudança no mercado, pois o consumidor terá a opção de abastecer com etanol ou com gasolina. Com isso, o preço da gasolina deve diminuir. “É compensador o abastecimento com etanol se for até 70% do valor da gasolina. Se o valor está acima desse percentual a procura pela gasolina será maior e, por consequência, o preço será mais elevado”, explicou.

Também foi constatado que, enquanto as distribuidoras de combustível reajustaram o preço do etanol em 3,55% no período de julho a novembro de 2017, os postos reajustaram os preços em 14,29% no mesmo período, o que representa um reajuste quatro vezes maior, sem qualquer justificativa. Darlene informou ainda que as distribuidoras já foram notificadas para prestar informações ao órgão e que as investigações continuam.

Confira a pesquisa de preço realizada em 160 postos de Goiânia aqui.

*Juliana França é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo