Saque FGTS

Procura por saque do FGTS tem sido baixa em Goiânia

A partir desta sexta-feira (27), trabalhadores nascidos entre os meses de maio e agosto e…

Movimento tem sido fraco nas agências do Centro e Setor Oeste para saque do FGTS (Foto: Thaynara Cunha / Mais Goiás)
Movimento tem sido fraco nas agências do Centro e Setor Oeste para saque do FGTS (Foto: Thaynara Cunha / Mais Goiás)

A partir desta sexta-feira (27), trabalhadores nascidos entre os meses de maio e agosto e que possuam conta-poupança na Caixa Econômica Federal, poderão sacar até R$ 500 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), em todo o Brasil. A expectativa é que cerca de 10 milhões de brasileiros usem os valores sacados para quitar dívidas e “limpar o nome”. Mas o movimento de consumidores nas agências tem sido fraco. Em Goiânia, até o final desta manhã, poucos trabalhadores procuraram as agências da Caixa para sacar a quantia.

Nossa equipe visitou duas agências da Caixa, localizadas nos setores Central e Oeste, para verificar como estava o movimento. Em entrevista ao Mais Goiás, uma atendente da Caixa, no Centro, informou que até às 11h, apenas 7 pessoas haviam procurado a agência para receber os valores. Além disso, muitos trabalhadores têm procurado a instituição para se informar sobre os saques. “As pessoas têm vindo e realizado o saque imediato. Mas nós também temos atendido muitos trabalhadores que estão com dúvidas se fazem parte do grupo que poderá sacar os valores. Geralmente, recebemos mais pessoas na parte da tarde. Mas parece que o fluxo está um pouco lento”, avaliou.

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostrou que, dos 10 milhões de brasileiros que pretendem resgatar o dinheiro, 38% pretendem quitar todas ou pelo menos parte das dívidas que estão pendentes, percentual representa cerca de 9,7 milhões de pessoas. Entre as principais dívidas a serem pagas com o FGTS está o cartão de crédito (42%), seguido pelas contas atrasadas de telefone (20%), contas de luz (18%), água (16%), empréstimos bancários (16%) e empréstimos com parentes ou amigos (16%).

Expectativas e Dicas

Em entrevista concedida ao Mais Goiás, a gerente administrativa e financeira da CDL/Goiânia, Hélia Gonçalves, afirmou estar com boas expectativas sobre a decisão dos consumidores de quitar as dívidas. Em média, 42% dos beneficiários não possuem dívidas que superiores a R$ 1 mil.

“A pessoa que opta por esta escolha pode findar a dívida (ou parte dela), limpar o nome e voltar a consumir. Datas comemorativas muito importantes para o comércio, como o Dia das Crianças e o Natal, estão chegando. É bom as pessoas terem crédito para conseguirem retomar este poder de compra e, assim, voltarem a consumir”, explana.

Entretanto, Hélia alerta os beneficiários que não vão usar o FGTS para “limpar o nome” sobre os riscos do mal investimento deste dinheiro. Para a pessoa não ter a sensação de que “não viu o dinheiro”, é importante usar a quantia para fazer uma reserva de emergência para eventuais imprevistos. Outra dica da gerente é investir o dinheiro em alguma modalidade, ainda que seja a própria poupança.

“Se o consumidor não tem contas a pagar e não está no vermelho, é bom ele investir este dinheiro em alguma modalidade ou optar por reservar para fundo de emergência. Nós entendemos que estes são dados positivos e é uma boa oportunidade de o cliente pagar as contas. Contudo, ao realizar o saque, é bom que a pessoa tenha um objetivo bem definido, seja pagar conta, investigar ou formar fundo de reserva, para que esse dinheiro não saia da mão dela sem ela ver”, alerta.

Saque

Para saber os valores disponíveis para o saque, os canais de recebimento e as opções de crédito em conta, é só acessar o site da Caixa e informar número do CPF (Cadastro de Pessoas Físicas), do NIS (Número de Identificação Social), do PIS (Programa de Integração Social) ou do Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) e a data de aniversário.

*Thaynara da Cunha é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira