RELAÇÃO ESTREMECIDA

Trump diz que pode vetar passageiros do Brasil: ‘não quero pessoas vindo pra cá e infectando nosso povo’

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira que ainda considera proibir a entrada…

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira que ainda considera proibir a entrada de passageiros vindos do Brasil, reiterando uma ameaça que fez em pelo menos uma ocasião.

— Estamos considerando isso — disse o presidente na Casa Branca — Não quero pessoas vindo para cá e infectando nosso povo. Também não quero que as pessoas fiquem doentes por lá. Estamos ajudando o Brasil com respiradores… O Brasil está tendo problemas, não há dúvida sobre isso. Trump não indicou como foi feita essa ajuda com os respiradores.

A possibilidade foi levantada pela primeira vez em uma entrevista coletiva em março, quando foi questionado sobre o possível banimento e deixou a questão em aberto, dizendo que estava “acompanhando o posicionamento de muitos países que não tinham nenhum problema até pouco tempo” e que poderia determinar um “banimento” caso os números aumentassem.

No final de abril, o presidente disse, durante reunião com o governador da Flórida, que estava considerando a ideia de suspender os voos provenientes da América Latina, e citou especificamente o Brasil. Na ocasião, disse que estava trabalhando com as empresas aéreas para que adotassem um protocolo de segurança para os passageiros de locais com alta incidência da Covid-19, e mais uma vez mencionou o Brasil.

— Nós vamos fazer isso provavelmente. Estamos tentando fazer em voos internacionais saindo de áreas fortemente infectadas O Brasil teve praticamente um surto, como você sabe. Mas, nós vamos tomar a decisão muito em breve. Estamos analisando isso muito de perto — disse aos jornalistas. Dias depois, a Casa Branca afirmou que descartava, “por ora” a proibição.

A Casa Branca já impôs restrições a viagens originadas na China e na maior parte da Europa, alem de viagens pelas fronteiras terrestres com o México e o Canadá. Nesta terça-feira, Washington e Ottawa acertaram a extensão de todas as restrições ao longo das fronteiras por mais trinta dias.