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Em acordo para entrar na Otan, Suécia autoriza exportação de armas para Turquia

A Suécia voltou a autorizar a exportação de armas e material de guerra para a Turquia após sua tentativa…

Em acordo para entrar na Otan, Suécia autoriza exportação de armas para Turquia (Foto: Pixabay)
Em acordo para entrar na Otan, Suécia autoriza exportação de armas para Turquia (Foto: Pixabay)

Suécia voltou a autorizar a exportação de armas e material de guerra para a Turquia após sua tentativa de ingressar na Otan, anunciou a autoridade encarregada das exportações militares nesta sexta-feira. A suspensão dessas restrições, impostas em 2019 após uma ofensiva turca no Norte da Síria, foi uma das exigências da Turquia para a entrada do país escandinavo na aliança militar ocidental, que ainda não recebeu a ratificação turca.

A candidatura da Suécia à Otan, anunciada juntamente com a Finlândia, em maio, “reforça significativamente os motivos da política de defesa e segurança para autorizar a exportação de equipamento militar para outros Estados membros, incluindo a Turquia”, explicou a Inspeção de Produtos Estratégicos (ISP) em comunicado.

A ISP especifica que durante o terceiro trimestre do ano autorizou exportações de natureza militar para a Turquia, relacionadas a “equipamentos eletrônicos, programas de computador e suporte técnico”.

Tanto a Suécia quanto a Finlândia enfrentam a oposição da Turquia por acusações de abrigarem integrantes de organizações consideradas terroristas por Ancara, como o Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK) e apoiadores de Muhammed Fethullah Gülen, líder do chamado Movimento Gulenista e apontado pelos turcos como responsável pela tentativa de golpe de 2016.

Em junho, os três países assinaram um memorando de entendimento sobre o apoio de Ancara à adesão dos países à aliança militar. Contudo, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan imediatamente ameaçou um novo bloqueio se sentisse que suas condições não estavam sendo cumpridas, particularmente em relação à extradição de militantes para a Turquia.

O texto assinado confirma, em particular, que Estocolmo e Helsinque consideram o PKK uma organização terrorista.

Moscou, por sua vez, já avisou que, se os dois países entrarem para a aliança, poderá implantar armas nucleares e mísseis hipersônicos no enclave europeu de Kaliningrado.

Até agora, 28 Estados membros da Otan, de um total de 30, ratificaram a adesão da Suécia e da Finlândia. Apenas os Parlamentos húngaro e turco devem dar a sua aprovação final. A ratificação dos pedidos pode levar um ano, dizem diplomatas, já que os todos países da aliança precisam aprovar novos membros.