STF

Em julgamento de sobras de votos, Moraes dá voto que beneficia Humberto Teófilo

Ministro entende pela aplicação retroativa às eleições de 2022

Sem X, Moraes bloqueia recursos financeiros da Starlink, também de Elon Musk
Sem X, Moraes bloqueia recursos financeiros da Starlink, também de Elon Musk (Foto: Antônio Cruz - Agência Brasil)

Na retomada do julgamento sobre “sobras” para a vagas de deputado federal, nesta sexta (25), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, divergiu do ex-ministro Ricardo Lewandowski, e apresentou voto que pode fazer o ex-deputado estadual, Delegado Humberto Teófilo (Patriota), conseguir uma cadeira na Câmara. A análise virtual no STF segue até 1º de setembro.

Vale lembrar, em fevereiro, o procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifestou favorável à tese do PSB-DF que “premiaria” o goiano com a cadeira. Ainda em abril, antes de se aposentar, o ministro Lewandowski votou parcialmente contrário ao parecer de Aras, assim o entendimento do PGR só valeria a partir do próximo pleito.

Naquele momento, Moraes pediu vista. Nesta sexta, contudo, ele se manifestou favorável a mudança na regra das sobras eleitorais com aplicação retroativa às eleições de 2022. Caso forme maioria com os demais ministros, o goiano pode ascender à Câmara.

Humberto teve 37 mil votos para federal e foi o mais votado do Patriota, seguido pelo ex-deputado federal Alcides Rodrigues, que teve 32 mil eleitores. A sigla não elegeu nenhum deputado. Conforme o PGR, contudo, a distribuição de vagas mudaria e o Patriota conseguiria fazer um deputado.

A regra é que o partido político, em disputa de deputado federal, estadual ou distrital precisa obter 80% do quociente eleitoral e cada candidato, 20%. Para Aras, esgotando os partidos que tenham chegado aos 80% e os candidatos com votação individual de 20%, se sobrarem vagas para serem preenchidas, os eleitos serão aqueles com as maiores médias.

Outras siglas

Pelo País, PP, PDT, Avante e Pros manteriam os nomes. Nos extremos, o União Brasil perderia quatro cadeiras; já o Podemos ganharia três. Em Goiás, a deputada Marussa Boldrin (MDB) poderia perder a vaga, caso a Corte entenda a demanda procedente.