APOLOGIA

Escola de São Paulo afasta professor que usou roupa da Ku Klux Khan em festa

Professor reconheceu que seu gesto foi "infeliz"

Grupo defende punição para professor que usou roupa da Ku Klux Klan em escola de São Paulo
Grupo defende punição para professor que usou roupa da Ku Klux Klan em escola de São Paulo - (Foto: Reprodução)

A Secretaria de Educação do estado de São Paulo afastou um professor de História que circulou no pátio da escola estadual Amaral Vagner, em Santo André, com roupa parecida com a que usava o grupo supremacista Ku Klux Klan. O KKK foi um movimento extremista que surgiu no começo do século XX, nos Estados Unidos, e que pregava a supremacia branca, a anti-imigração, o anti-catolicismo e o anti-semitismo.

O incidente aconteceu no dia 8 de dezembro, no encerramento da Semana Temática e da Olimpíada, em que os alunos do terceiro ano podiam escolher uma alegoria para participar do Desfile de Fantasia. Funcionários da escola e professores foram chamados a desfilar também.

“Um professor de História, sem o conhecimento da escola, vestiu-se com uma fantasia que fazia alusão ao grupo terrorista Ku Klux Klan. No mesmo instante que o professor adentrou a quadra, local onde ocorreria o desfile com tal vestimenta, foi vaiado e retirado da quadra pelos estudantes e membros do Grêmio e Atlética que estavam presentes na hora do ocorrido. O professor foi obrigado a tirar a fantasia e encaminhado para a direção escolar”, diz um comunicado.

Diretor pede desculpas por professor que se fantasiou de Ku Klux Klan

Na página da coordenação da escola, o diretor, Wagner Luiz Bonifácio dos Santos, publicou uma carta de retratação se desculpando com “toda comunidade da escola e também com aqueles que possam se sentir ofendidos pelo traje usado por um de nossos professores em tal evento. Esclarecemos que não compactuamos com nenhuma manifestação ou incitação a discurso de ódio ou permitimos, em nossa unidade escolar, apologia à segregação contra qualquer grupo étnico, crença, gênero ou classe social”.

Na carta, Wagner diz que o professor reconheceu que “sua ação foi infeliz” e que o sujeito enviou uma carta à direção da escola com um pedido de retratação. Ele também se desculpou em uma reunião do Conselho Escolar, no sábado (18).