REVISÃO

Estados terão que rever afrouxamento de ações contra Covid, diz presidente do Conass

Presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Carlos Lula, secretário de Saúde do…

Carlos Lula diz que ministério dedica tempo demais à CPI enquanto poderia negociar novas doses da AstraZeneca
Secretários de Saúde reagem e decidem que não vão exigir prescrição para vacinar crianças (Foto: divulgação/Governo do Maranhão)

Presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Carlos Lula, secretário de Saúde do Maranhão, diz que a descoberta da nova variante da Covid-19 fará os estados repensarem a flexibilização de medidas contra o coronavírus.

Para Lula, decisões tomadas por governadores, como desobrigar o uso de máscaras em locais públicos, e a capacidade de público de eventos privados e públicos, como jogos de futebol, precisão ser repensados.

“Mesmo em local aberto, faz sentido proteger pelo menos quem é mais suscetível, é idoso, tem comorbidade”, avalia Lula.

O governador maranhense, Flávio Dino (PC do B-MA), foi um dos que tornaram facultativo o uso de máscaras em lugares abertos.

A adoção de medidas mais restritivas, no entanto, é vista como de difícil implementação pelos secretários de Saúde.

Eles usam casos de países europeus, que registraram protestos violentos, como exemplos da dificuldade e dizem que no Brasil, considerando que 2022 será ano eleitoral, o cenário tende a ser ainda pior.

O Conass fará uma reunião nesta semana para debater ações que devem ser adotadas frente à descoberta da ômicron, como foi batizada a nova cepa da Covid.

De antemão, os secretários também defendem que o Brasil faça doação de vacinas a países africanos para tentar conter o alastramemto da Covid no continente. Segundo Carlos Lula, houve muita sobra de Coronavac nos estados e é possível dá-las a países que necessitem.