POSSIBILIDADE

Estados Unidos sinaliza que pode adiar tarifaço ao Brasil

Encarregado de negócios da embaixada dos EUA se reuniu com o senador petista Randolfe Rodrigues e presidentes da Câmara e Senado

Estados Unidos sinaliza que pode adiar tarifaço ao Brasil
Estados Unidos sinaliza que pode adiar tarifaço ao Brasil (Foto: Reprodução)

Encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar sinalizou, após reunião com o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), que o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros nos EUA, previsto para 1º de agosto, pode ser adiado. A informação foi divulgada pelo O Globo.

Conforme apurado, após o encontro de quarta-feira (16), houve a sensação de que o governo dos Estados Unidos pudesse negociar com o Brasil. Além de Randolfe, Escobar também se encontrou com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Não seria a primeira vez que ocorre um adiamento nesse segundo mandato de Trump. Em abril, foram anunciadas sobretaxas a mais de 180 países que entrariam em vigor no último mês. A situação não ocorreu.

Bolsonaro quer negociar

Nesta quinta-feira (17), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, durante visita ao Senado, que criou o PIX e se ofereceu para negociar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os EUA abriram uma investigação comercial contra o Brasil devido ao impacto financeiro que o sistema de pagamento teria causado aos bancos.

“O PIX tem nome: Jair Bolsonaro. Antes do PIX, você usava cartão. Os bancos perderam comigo, com PIX, TED e DOC, mais de R$ 20 bilhões. E eu não taxei o PIX”, afirmou Bolsonaro a jornalistas no Senado e se colocou à disposição para mediar uma negociação com Trump contra o tarifaço de 50% nos produtos brasileiros.

O PIX, na verdade, começou o desenvolvimento no governo de Michel Temer (MDB), sob coordenação do Banco Central (BC), em 2018. Apesar do sistema de pagamento ter sido lançado em 2020, a concepção dele já existia antes da posse do ex-presidente.

Mas de volta a Bolsonaro, ele disse que poderia evitar o tarifaço, caso recebesse “um passaporte” – a Polícia Federal (PF) apreendeu o dele em fevereiro deste ano no âmbito da investigação da trama golpista. “Acho que teria sucesso numa audiência com o presidente Trump. Estou à disposição. Se me derem um passaporte, eu negocio.”

Saiba mais AQUI.