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Estresse pode causar um aneurisma cerebral? Entenda

Veja os fatores de risco mais comuns, sintomas, diagnóstico e tratamento

Estresse pode causar um aneurisma cerebral? Entenda Veja os fatores de risco mais comuns, sintomas, diagnóstico e tratamento
Foto: FreePik

A recente revelação de Kim Kardashian, que afirmou ter sido diagnosticada com um aneurisma cerebral após enfrentar períodos intensos de estresse durante o divórcio com o rapper Kanye West, levantou dúvidas sobre a relação entre as emoções e a saúde do cérebro. Afinal, o estresse pode causar um aneurisma cerebral? Segundo especialistas, o estresse não é diretamente responsável pelo surgimento da doença, mas pode sim agravar quadros já existentes ou provocar a ruptura de um aneurisma silencioso.

O que é um aneurisma cerebral

De acordo com a Mayo Clinic, o aneurisma cerebral ocorre quando há uma dilatação anormal em um vaso sanguíneo do cérebro, causada pelo enfraquecimento da parede arterial. Esse inchaço, semelhante a uma “bolha”, pode se romper e gerar uma hemorragia cerebral, condição que exige atendimento médico imediato.

Fatores de risco mais comuns

Entre os fatores que aumentam o risco de desenvolver um aneurisma estão hipertensão, tabagismo, consumo excessivo de álcool, uso de drogas (especialmente cocaína), além de condições genéticas como a síndrome de Ehlers-Danlos vascular, síndrome de Marfan e doença renal policística autossômica dominante, segundo informações da Cleveland Clinic.

O estresse, por sua vez, atua como um gatilho indireto. Ele eleva a pressão arterial e pode aumentar o risco de rompimento de um aneurisma cerebral preexistente. Crises intensas de raiva, ansiedade ou susto podem causar picos de pressão capazes de provocar o rompimento e o consequente sangramento no cérebro.

Sintomas de um aneurisma rompido

Os principais sintomas de um aneurisma rompido incluem:

  • Dor de cabeça súbita e intensa (muitas vezes descrita como “a pior da vida”);
  • Náuseas e vômitos;
  • Visão turva ou dupla;
  • Sensibilidade à luz;
  • Confusão mental;
  • Convulsões;
  • Perda de consciência.

Nesses casos, o atendimento emergencial é essencial para evitar sequelas graves ou morte.

Diagnóstico e tratamento

Apesar do risco, a maioria das pessoas que possui um aneurisma não sabe disso, pois ele costuma ser assintomático até se romper. Muitos casos são descobertos por acaso, durante exames de ressonância magnética ou tomografia realizados por outros motivos.

O tratamento do aneurisma cerebral depende do tamanho, da localização e da gravidade do quadro. As opções incluem clipagem microcirúrgica, embolização endovascular, uso de stents desviadores de fluxo ou, em casos mais leves, apenas acompanhamento médico constante.

Manter hábitos saudáveis, controlar a pressão arterial e reduzir o estresse do dia a dia são formas eficazes de prevenção. Afinal, embora o estresse não crie um aneurisma, ele pode ser o estopim de uma tragédia evitável.