infusão acidental

Família fala sobre jovem que recebeu ácido em sessão de hemodiálise no RJ: “Danos cerebrais”

Bruno Rodrigues Ventura foi encaminhado ao pronto-socorro já em estado crítico

Família fala sobre jovem que recebeu ácido em sessão de hemodiálise no RJ: "Danos cerebrais" Bruno Rodrigues Ventura em estado crítico
Foto: Redes Sociais

A família de Bruno Rodrigues Ventura dos Santos, de 29 anos, se manifestou sobre o caso do jovem que recebeu ácido em sessão de hemodiálise no RJ e permanece internado em estado gravíssimo. Segundo relatos dos parentes, o entregador sofreu danos cerebrais após a infusão acidental de ácido peracético, substância usada na limpeza das máquinas, diretamente em sua corrente sanguínea.

O caso aconteceu na Clínica Nice Diálise, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, no último dia 20. De acordo com a irmã, Vitória Ventura, Bruno foi encaminhado ao pronto-socorro já em estado crítico, depois de mais de uma hora sem atendimento adequado. Ele está em coma induzido, intubado e com sequelas neurológicas cuja extensão ainda não é possível prever.

“Meu irmão entrou andando na clínica e saiu em cima de uma maca, entubado e desacordado. Ele recebeu um ácido que não deveria ter entrado no sangue de nenhum paciente. Hoje ele está lutando pela vida, com danos cerebrais, e nós queremos justiça”, declarou a irmã em entrevista à CBN.

A mãe do jovem, Renata Rodrigues, contou que percebeu uma movimentação incomum logo após o início do procedimento. Minutos depois, viu o filho sendo retirado da clínica em uma maca, já sem responder. “Eu gritei, pensei que ele estava morto. Foi desesperador”, relatou.

Um laudo médico confirma que Bruno sofreu rebaixamento do nível de consciência em decorrência da infusão acidental do ácido, além de apresentar hemorragia e edema cerebral. O pai registrou boletim de ocorrência por lesão corporal, no qual consta que a máquina utilizada ainda apresentava resíduos da substância.

A Polícia Civil informou que o caso foi registrado na 72ª DP de São Gonçalo e que investigações estão em andamento para apurar responsabilidades. A Vigilância Sanitária Estadual também foi notificada.

Segundo vizinhos, a clínica funciona apenas às segundas, quartas e sextas-feiras. A família, que se reveza no hospital, diz que mantém a esperança em uma recuperação, embora o quadro seja considerado extremamente grave.

“É um pesadelo que não tem fim. A gente só quer que os responsáveis paguem pelo que fizeram”, completou a irmã.