Família questiona investigação de morte de brasileira na Holanda
Polícia concluiu que Taiany morreu de forma acidental
A investigação sobre a morte de Taiany Caroline Martins Matos, de 32 anos, que caiu do quarto andar de um prédio na cidade de Breda, na Holanda, na manhã da última sexta-feira (3), não convenceu a família da vítima. Pedagoga brasileira, natural de Planaltina, no Distrito Federal, ela vivia na Europa há seis anos e havia se mudado recentemente para aquele país, onde morava com seu namorado, Edgard Van de Boom, de 53 anos.
A polícia local concluiu rapidamente a investigação, declarando que a queda foi acidental, mas a família da vítima contesta essa versão. Segundo relatos de amigos e familiares, Taiany vivia um relacionamento abusivo com Edgard, que demonstrava ciúmes e possessividade. A irmã de Taiany, Naiany Martins, afirmou que, embora Taiany nunca tenha detalhado os abusos, ela comentou sobre as tentativas de controle por parte do namorado e de envolvimento que queria terminar o relacionamento.
Antes de sua morte, no dia 2 de janeiro, Taiany teria se encontrado com amigas e, ao retornar ao apartamento, o namorado tentou acessar seu celular, o que teria gerado uma briga. Testemunhas relataram ter ouvido gritos de socorro e uma pessoa sendo atacada. A polícia holandesa, no entanto, manteve a versão de que ela se desequilibrou ao se pendurar na janela e caiu acidentalmente.
A família segue buscando apoio do consulado brasileiro na Holanda para ter acesso ao inquérito e entender melhor as circunstâncias da morte. Além disso, a família tenta arrecadar recursos para o traslado do corpo de Taiany, cujo custo é estimado em 7 mil euros (cerca de R$ 45 mil).
O caso gerou grande repercussão e a mãe da vítima, Eliane Martins, fez um apelo público pedindo justiça e ajuda para trazer o corpo de sua filha de volta ao Brasil. Ela também pediu que as autoridades revisem a investigação, considerando o histórico de comportamentos abusivos relatados pela família.