CRÍTICAS

Filho de Bolsonaro rebate deputado americano e tem apoio de embaixador dos EUA

Um dia depois de ser alvo de críticas do presidente da Comissão de Relações Exteriores…

PSL avalia expulsão de deputados que declaram voto em Artur Lira
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Um dia depois de ser alvo de críticas do presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos EUA, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou que o seu apoio à reeleição de Donald Trump se trata de “convicção pessoal”, e desferiu críticas indiretas ao democrata Eliot Engel, que lidera o painel. O embaixador dos Estados Unidos em Brasília, Todd Chapman, também defende o parlamentar brasileiro. Para Chapman, o filho do presidente está exercendo sua liberdade de expressão.

Na segunda-feira, uma postagem no Twitter de Eduardo Bolsonaro trazia um vídeo de apoio a Donald Trump — horas depois, a conta da Comissão de Relações Exteriores retuitou a publicação, mas com críticas ao parlamentar brasileiro.

“Já vimos esse roteiro antes. É vergonhoso e inaceitável. A família Bolsonaro precisa ficar fora da eleição americana”, escreveu Engel.

Na tarde de terça-feira, Eduardo Bolsonaro, em uma série de postagens no Twitter, afirmou que aquela era “a posição individual do seu presidente [da comissão], o congressista de esquerda Eliot Engel (Partido Democrata)”, e até criticou o acordo sobre o programa nuclear iraniano, fechado em 2015 no governo de Barack Obama.

Ao defender seu apoio a Trump, o deputado o comparou a iniciativa à adotada por governos de esquerda na América Latina no passado.

“O que acontece nos EUA repercute no mundo e é inaceitável cobrar de mim uma posição não de neutralidade, mas de omissão, já que quando Lula, Chávez, Maduro, Evo, Kirchner, Correa, Bachelet e Castros se apoiavam mutuamente ninguém falava nada.”

O deputado afirma que “as relações Brasil-EUA estão acima das pessoas e independentemente do vitorioso nos EUA em 2020 trabalharemos para manter essa boa relação”, mas ele acrescentou que se dá o direito de manter suas “convicções pessoais”.

Por fim, em um ataque indireto a Engel, sugere que o debate entraria para o campo da xenofobia “caso fosse de esquerda”, e que não se pauta “pelo politicamente correto”.

A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos EUA ou o deputado Eliot Engel não se pronunciaram sobre as novas declarações de Eduardo Bolsonaro.