Flordelis vai para solitária após encontrarem celular na cela dela
Outras três mulheres também foram punidas
A ex-deputada e pastora evangélica Flordelis, condenada a 50 anos de prisão pelo assassinato do ex-marido, Anderson do Carmo, foi parar na solitária do Instituto Penal Talavera Bruce, em Gericinó, zona oeste do Rio de Janeiro, com outras três detentas. Isto, porque na quarta-feira (4) agentes penitenciários encontraram um celular na cela das quatro.
Com o resultado da vistoria, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) abriu uma investigação para apurar o caso. O aparelho foi enviado para a 34ª DP (Bangu). A investigação segue para apurar de quem era o celular e como ele entrou na cadeia.
Conforme apurou o Metrópoles, Flordelis disse que não usou o celular. O aparelho, inclusive, foi encontrado embaixo da cama de outra detenta. O quarteto que foi para a solitária também perdeu regalias que tinham na prisão, entre elas, visitas íntimas e aulas de crochê.
Após a punição, a ex-deputada precisou ser levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Complexo Penitenciário de Bangu. Ela estava com a pressão alta. Medicada, ela passou a noite em observação. Após novos exames, ela retornou ao presídio na sexta-feira (6).
Concurso de canto
Em 28 de novembro, Flordelis participou de um concurso de canto no Instituto Penal Talavera Bruce, mas nem chegou a ficar entre as três finalistas. Ela perdeu o título para outra detenta, Cassiane Victoria, conhecida como “Voz da Liberdade”.
Apesar da derrota, Flordelis se mostrou confiante sobre sua trajetória musical. “Faço parte do coral e não abro mão de cantar. É minha essência, está no meu DNA. Continuo sendo referência no gospel”, declarou.
O concurso de canto foi promovido como uma atividade cultural entre as detentas. Apesar de não ter vencido, Flordelis reafirmou seu amor pela música e sua dedicação ao coral da penitenciária. “Cantar é o que me mantém viva e conectada à minha essência”.
Prisão
Desde 2021, a religiosa está presa no Instituto Penal Djanira Dolores de Oliveira, considerado uma área segura na penitenciária. Ela divide o espaço com a filha, também acusada de envolvimento no crime.
Além disso, Flordelis relatou lidar com problemas de saúde como depressão e condições cardíacas. “Viver aprisionada é muito ruim. Difícil. Tomo muitos remédios aqui, mas sou muito apoiada pelas detentas e pela administração do presídio. Sinto que sou tratada como todas as outras internas”, afirmou.
Mesmo na cadeia, Flordelis segue recebendo cartas de apoio de diversas partes do mundo. Ela diz que a fé e o suporte de admiradores a ajudam a superar os desafios da prisão. “Aguardo um novo júri que possa julgar o pedido para responder pelo crime em liberdade”, declarou.
A pastora responde por homicídio, tentativa de homicídio duplamente qualificado, uso de documento falso e associação criminosa. Sobre a convivência com a filha na prisão, Flordelis se mostrou emocionada: “Nenhuma mãe desejaria estar presa com a filha, mesmo recebendo o melhor tratamento. Qualquer mãe preferiria estar no lugar do filho.”