General Heleno fica em silêncio e só responde advogado no STF
Próximo a depor é o ex-presidente Jair Bolsonaro

O general do Exército e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, exerceu seu direito de permanecer em silêncio, só respondendo às questões de seu advogado, durante interrogatório sobre a suposta trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã desta terça-feira (10). A partir das 14h30, o ex-presidente da República Jair Bolsonaro fala à Corte.
Ao advogado, Heleno disse que “é importante que o presidente Bolsonaro colocou que ia jogar dentro das quatro linhas (da Constituição), e eu segui isso aí rigorosamente durante todo tempo em que estive na Presidência”. E ainda: Nunca levei assuntos políticos, tinha de 800 a 1.000 funcionários no GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Nunca conversei com eles sobre assuntos políticos.” O ex-ministro também disse que era “uma preocupação muito grande que o GSI fosse encarado e fosse sentido como organização apolítica e apartidária”.
Questionado pelo advogado se ele espalhou ou contribuiu para espalhar desinformação sobre a votação em urnas eletrônicas, ele negou. “Não, não tinha nem tempo para fazer isso.” Ele também disse não saber do plano golpista intitulado “Punhal Verde e Amarelo” para matar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. O julgamento foi suspenso às 12h30.
Os próximos réus são:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República.
- Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa.
- Walter Souza Braga Netto, general do Exército ex-ministro da Casa Civil.
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