INVESTIGAÇÃO

Governo do Ceará determina prioridade na identificação de arma de CAC usada em ataque a escola

A governadora do Ceará, Izolda Cela, classificou de “tragédia” o ataque de um aluno contra…

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(Foto: Arquivo - Agência Brasil)

A governadora do Ceará, Izolda Cela, classificou de “tragédia” o ataque de um aluno contra três colegas na Escola Estadual Professora Carmosina Ferreira Gomes, em Sobral, e determinou resposta rápida para o caso, sobretudo sobre a origem da arma utilizada no crime. O atirador, que foi apreendido pela Polícia Militar, usou no ataque a arma de um parente que é Colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC).

Três estudantes foram baleados durante uma discussão dentro da unidade de ensino, de acordo com Izolda. Um dos estudantes de 15 anos foi atingido na cabeça e está intubado em estado grave na Santa Casa do município. Outro menor, baleado na perna, passa pela avaliação da equipe de traumatologia e a terceira vítima, também atingida na cabeça, mas de raspão, recebeu alta.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará, o jovem disse em depoimento na delegacia que seria vítima de bullying e teria premeditado o ataque, que segue sendo investigado.

O ataque aconteceu na Escola de Ensino Médio Professora Carmosina Ferreira Gomes, no bairro Sumaré. As três vítimas são adolescentes do primeiro ano do ensino médio, e o que está em estado mais grave tem 15 anos. Ele levou um tiro na cabeça e está intubado. Um segundo levou um tiro na cabeça também, mas está consciente e passará agora por uma tomografia. O terceiro levou um tiro na perna e está sendo avaliado pela traumatologia. As informações foram passadas pelo hospital Santa Casa de Sobral, para onde foram levados.

Frequentadores da Igreja Nossa Senhora do Carmo, que fica em frente à escola, estão chocados. Eles souberam que o autor, que teria 16 anos, era muito quieto e estaria sofrendo bullying de colegas quando decidiu atirar contra três deles.

De acordo com Divino Pereira de Souza, que trabalha na paróquia, ele atendia a um fiel na secretaria quando os tiros aconteceram. Mas ele conta que não ouviu e supõe que o atirador tenha usado um silenciador. Divino conta que foi abrir o portão principal da igreja e se deparou com movimento de pessoas e carros da polícia.

“Infelizmente, foi uma tragédia. Parece que ele sofria bullying. Mas ainda não conseguimos saber quem era o garoto. Foi tudo muito rápido e silencioso”, disse.