“Grama sintética não funcionou no primeiro momento”, diz Mabel
“Algumas inovações funcionam, outras não, mas nem por isso a gente pode deixar de pensar nela"
Com Domingos Ketelbey
O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), admitiu que a grama sintética em canteiros centrais e praças foi um projeto que “não funcionou no primeiro momento”. A fala foi dada ao Mais Goiás nesta quinta-feira (25). A medida já tinha sido alvo de críticas na gestão.
“Algumas inovações funcionam, outras não, mas nem por isso a gente pode deixar de pensar nelas. O que acontece é que a gente, inovação, dá certo ou não dá certo, eu não vou gastar tempo com grama sintética agora. Colocamos motos no corredor de ônibus e muita gente disse que ia matar motociclistas; no fim, os acidentes caíram 80%. A gente erra e acerta, mas não pode parar de inovar”, afirmou.
Em agosto, a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) instalou cerca de 500 metros de grama sintética no canteiro central da Avenida Castelo Branco. A medida ocorreu no trecho entre as praças Ciro Lisita e Walter Santos, no Setor Coimbra, mesmo local onde, em março, houve um corte para a abertura de uma terceira faixa. Outros pontos também receberam o projeto.
Durante o temporal de terça-feira, contudo, parte da grama sintética instalada na Avenida Castelo Branco foi arrancada. Imagens feitas por moradores mostram os estragos. Em nota, a Comurg disse que o material que se soltou foi recuperado para avaliar a causa de se desprender.
“A empresa salienta a importância da situação, depois de uma chuva que, em 1h30, rendeu 52,8 mm e ventos de 50 km/h, para que as informações sejam somadas à conclusão da eficácia da metodologia.” A Comurg disse, ainda, que o material afixado ao canteiro central da Rua 44, na Região do Setor Ferroviário, permaneceu sem alteração e realiza avaliações de permeabilização nos locais.
A tempestade ainda causou alagamentos e quedas de árvores, além da morte de uma jovem de 17 anos, que pisou em um fio e foi eletrocutada.
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