Susto no ar

Helicóptero com pacientes indígenas faz pouso de emergência no Acre

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um helicóptero que transportava duas crianças indígenas para tratamento médico…

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um helicóptero que transportava duas crianças indígenas para tratamento médico fez um pouso de emergência em uma área de mata fechada nas proximidades do rio Croa, em Cruzeiro do Sul, no Acre, na tarde deste domingo (8).

Segundo informações do governo do Acre, tripulantes e passageiros foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros. Dois deles sofreram ferimentos e foram levados para um hospital de Cruzeiro do Sul.

As identidades e o estado de saúde das vítimas não foram informados. O governo não informou também se todos os ocupantes da aeronave foram resgatados ou se ainda há pessoas na mata.

O helicóptero particular prestava serviço ao Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena), unidade federal que faz parte do sistema público de saúde indígena.

O resgate foi realizado com o auxílio de embarcações. Os bombeiros foram chamados pela empresa aérea responsável pelo voo após a perda de contato com o piloto do helicóptero. A aeronave, segundo o governo, foi localizada por meio de um rastreador.

“Imediatamente a equipe do Corpo de Bombeiros se deslocou à região, onde encontrou o piloto e os demais integrantes do voo”, disse o comandante-geral dos bombeiros, Charles Santos.Bombeiros e uma equipe do Ciopaer (Centro Integrado de Operações Aéreas) voltarão ao local para avaliar as condições da aeronave e as circunstâncias do acidente.

As causas do pouso emergencial em mata fechada ainda serão apuradas.

CRIANÇAS NA FLORESTA

Em março, dois irmãos de 6 e 9 anos foram internados no Hospital da Criança da zona oeste de Manaus para se recuperarem de quadro de desnutrição grave e serem avaliados por um pediatra após passarem 27 dias perdidos na floresta amazônica, em Manicoré.

Os irmãos, indígenas da etnia Mura, se perderam na mata ao sair da aldeia Palmeira, na região do Lago do Capanã, para observar pássaros e caçar no dia 18 de fevereiro e não voltaram para casa.

Ao entrar na mata para serrar árvores, um morador da região avistou as duas crianças deitadas. Elas pediram socorro e foram resgatadas. Estavam a cerca de 15 quilômetros do ponto em que foram vistas pela última vez.

Os dois estavam desnutridos, desidratados e com lesões na pele. Após internação hospitalar de 20 dias, os irmãos receberam alta e voltaram para casa.