História

Horário de verão: saiba quem inventou e por que motivo

Britânico William Willett foi o primeiro a encampar a ideia do horário de verão, com o propósito de de estimular atividades à luz do sol

Volta ou não do horário de verão deve ser decidida na próxima terça-feira (Foto: Agência Brasil)

Amado por uns e odiado por outros, o horário de verão deve voltar ainda em 2024. É o que disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na última segunda-feira (16). O Mais Goiás pesquisou para descobrir de quem foi a ideia de criar o horário de verão e chegou a algumas hipóteses.

Livros de história contam que civilizações antigas já reduziam e aumentavam a duração dos dias, dependendo da estação. Na Roma Antiga, por exemplo, uma hora poderia durar 44 minutos no inverno e 75, no verão.

Nessa história aparece também o nome do britânico William Willett, que nasceu em 1856 e morreu em 1915. Willett Morou em um subúrbio de classe média em Chislehurst, no subúrbio de Londres, e ganhava a vida como construtor.

O britânico gostava de praticar atividades ao ar livre, como andar a cavalo, e foi cavalgando numa manhã de 1905 que ele notou que a cortina de muitas casas permanecia fechada, para evitar que a luz do sol entrasse pelas janelas. Foi então que ele teve a ideia: por que não alterar o relógio antes do início do verão para diminuir o desconforto das famílias londrinas?

Em 1907, ele publicou um panfleto independente intitulado Waste of Daylight (“Desperdício da Luz do Dia”, em tradução livre), defendendo que os relógios fossem adiantados no Reino Unido quatro vezes em abril, em 20 minutos a cada vez, retornando da mesma forma ao horário normal em setembro.

Willett defendia que, além de aumentar as oportunidades de lazer, a medida reduziria os gastos com iluminação.

Seus apoiadores incluíam políticos importantes – entre eles, dois futuros primeiros-ministros britânicos: David Lloyd George (1863-1945) e um jovem chamado Winston Churchill (1874-1965), à época presidente da Câmara de Comércio.

A proposta custou a amadurecer, e só foi aprovada no Reino Unido em 1916, um ano depois da morte do seu autor. Com a Segunda Guerra Mundial e a necessidade premente de se economizar energia, a ideia se espalhou pelo resto do mundo.