Estelionato

Jovem que promovia festas é preso por ligação com hackers

Suspeito de aplicar golpes que ultrapassam R$ 115 mil, o promotor de eventos Michel Lino…

Suspeito de aplicar golpes que ultrapassam R$ 115 mil, o promotor de eventos Michel Lino de Paula Nascimento, de 25 anos, foi preso preventivamente em Goiânia por agentes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). De acordo com a polícia, usando cartões de crédito de outras pessoas, Michel comprou um carro, e passou o Reveillon na cidade mais badalada e cara do Brasil.

Foi após verificar transações em altas quantias nos cartões de diferentes clientes de outros estados que o gerente de um banco procurou, em Goiânia, a delegada Mayana Rezende, que é chefe do grupo que investiga fraudes da Deic. Após cruzar informações, os agentes da Deic chegaram até Michel Lino, que teria pago vários boletos e até adquirido um veículo no valor de R$ 35 mil, com cartões de correntistas de bancos do Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo e da Paraíba.

“É normal que estelionatários usem os dados bancários de pessoas de outros estados para dificultar a identificação da polícia, mas felizmente nesse caso chegamos até o Michel, que somente em fevereiro pagou uma conta de quase R$ 118 mil com o cartão de uma outra pessoa”, relatou a delegada. Entre os gastos feitos em janeiro por Michel Lino, segundo a delegada, estão passagens, hospedagens e bebidas adquiridas durante a virada do ano em Florianópolis, na conhecida praia de Jurerê Internacional, local frequentado apenas por pessoas de alto poder aquisitivo.

Em depoimento à polícia, Michel Lino confessou a fraude, e disse que recebia os dados dos cartões clonados de um hacker conhecido apenas como Júnior, que mora em outro estado. “Vamos investigar agora para saber quem é essa pessoa que repassava os dados para o Michel”, concluiu Mayana Rezende.

Michel Lino, que segundo a delegada ostentava uma vida de alto luxo em redes sociais, ainda não tinha passagens pela polícia, mas agora responderá por crime de furto qualificado. O veículo que ele comprou com os dados de uma outra pessoa foi apreendido.