LIMPA GYN

Justiça suspende contrato de coleta de lixo em Goiânia e prefeitura prepara recurso nesta 5ª

Empresa derrotada diz que houve erros no processo de escolha

Desembargador derruba decisão que suspendeu contrato de coleta de lixo em Goiânia
Justiça derruba decisão que suspendeu contrato de coleta de lixo em Goiânia (Foto: Divulgação)

A Justiça suspendeu o contrato da prefeitura de Goiânia com o consórcio Limpa Gyn, na última terça-feira (4). A empresa assumiu a gestão da coleta de lixo e varrição mecanizada na capital em abril. Na ação, uma das empresas derrotadas disse haver erros no processo de escolha.

Em nota, a Procuradoria Geral do Município disse que entraria com recurso nesta quinta (6) “contra a decisão do juiz William Fabian, 4ª Vara de Fazenda Pública Municipal e de Registros Públicos de Goiânia, que concedeu liminar suspendendo o processo licitatório e contrato com o Consórcio Limpa Gyn”.

Ao Mais Goiás, a prefeitura também informou que o consórcio nem chegou a ser notificado. Desta forma, a coleta seguiu normalmente nesses dias.

Responsável pela peça, a Promulti Engenharia, Infraestrutura e Meio Ambiente LTDA., do Rio de Janeiro, listou supostas ilegalidades:

  • Utilização indevida do critério de técnica e preço;
  • Serviços que deveriam ter sido licitados por pregão e não concorrência;
  • Anulação indevida dos serviços licitados;
  • Estimativa equivocada de quantitativos e o impacto sobre o valor das propostas e comprovação de habilitação técnica;
  • Prazo inexequível para início dos serviços, possível direcionamento e violação ao princípio da competitividade e da isonomia;
  • Limitação ao número de consorciadas não fundamentada – restrição ilegal que viola a competitividade do certame; e
  • Ilegalidade da existência de Registro do Compromisso de Constituição de Consórcio para a participação do certame.

Para a Promulti, “a assinatura do contrato, injustificadamente mais oneroso, faz com que o patrimônio público seja afetado moralmente em virtude do impacto financeiro acarretado”. Apontou, ainda, que a Comurg “segue como principal atuante nos serviços de coleta de lixo do Município”, ou seja, não geraria prejuízos.

Assim, na decisão, o juiz William Fabian deferiu o pedido e suspendeu o processo licitatório, bem como o contrato de prestação de serviços da prefeitura com o Consórcio Limpa Gyn.

Limpa Gyn

O valor total do contrato chega a R$ 740 milhões por um período de 24 meses. O consórcio liderado pela Quebec Ambiental irá desembolsar R$ 19 milhões por mês. Inicialmente, a empresa assumiu 51,11% dos serviços, enquanto a Comurg seguia complementando os trabalhos.