INVESTIGAÇÃO

Laudo conclui queda como causa da morte de Juliana na Indonésia, mas dia segue incerto

Hemorragia interna por “lesões poliviscerais e politraumatismo", diz análise do IML

Laudo conclui queda como causa da morte de Juliana na Indonésia, mas dia segue incerto
Laudo conclui queda como causa da morte de Juliana na Indonésia, mas dia segue incerto (Fotos: Reprodução)

O laudo da nova necropsia do corpo de Juliana Marins, feito pelo Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro, concluiu que a morte da brasileira ocorreu devido à queda durante a trilha que fazia no vulcão Rinjani, na Indonésia. Contudo, o dia e o horário do óbito seguem incertos.

O resultado foi divulgado na terça-feira (8) pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, que também informou a inclusão do mesmo no inquérito, que está em sigilo judicial. Conforme a análise, que ocorreu no dia 2 de julho, a causa da morte foi uma hemorragia interna por “lesões poliviscerais e politraumatismo”. A informação é compatível com impactos relativos à queda.

A nova necropsia aconteceu por autorização da Justiça Federal, que acatou pedido da Defensoria Pública da União (DPU). Após cair, Juliana chegou a ser vista com vida. Contudo, o corpo dela só foi resgatado em 25 de junho, com auxílio de voluntários e equipes locais, quase quatro dias após o acidente.

Na autópsia realizada na Indonésia, o tempo exato da morte também não foi revelado. Conforme as autoridades brasileiras, o intervalo entre o falecimento e a nova análise pode ter contribuído para os dados não serem conclusivos. A polícia segue com a investigação.

Despreparo

No dia do velório de Juliana, o pai da jovem, Manoel Marins, agradeceu a mobilização nacional, mas lamentou a demora no resgate da filha. Ele, inclusive, defendeu que a Indonésia reveja seus protocolos para que esse tipo de situação não ocorra novamente.

“Trata-se de despreparo, de descaso com a vida humana, trata-se de negligência e de precariedade dos serviços daquele país. É um destino turístico mundialmente conhecido, [de um país] que depende do turismo para sobreviver e que deveria ter mais estrutura para resgatar as pessoas que passassem por um infortúnio desses, mas, infelizmente, não tem”, disse Manoel.

O velório aconteceu no Cemitério Parque da Colina, em Niterói, mesmo local do sepultamento.

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