SOBERANIA

Lula não vai ‘abanar o rabo’ para Trump como Bolsonaro, diz Haddad

Ministro Haddad afirma que presidente Lula não vai dizer 'I love you' para Trump, e que negociação precisa respeitar soberania do Brasil

Ministro Fernando Haddad (Foto: Ministério da Fazenda/Flickr)
Ministro Fernando Haddad (Foto: Ministério da Fazenda/Flickr) 
			

				
					
										
				
			

			
			



                    


                    

                            

Em entrevista concedida à CNN na tarde desta terça-feira (29), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o presidente Lula não vai ‘entregar’ o Brasil ao presidente dos Estados Unidos, Donald (que é o que a oposição quer, segundo ele). Haddad afirmou que Lula não dirá ‘I love you’ para o norte-americano e tampouco vai ‘abanar o rabo’ para ele, como faz o ex-presidente Jair Bolsonaro.





“Você não vai querer que o presidente Lula se comporte como o Bolsonaro se comportava, abanando o rabo e falando ‘I love you’, batendo continência”, disse. O ministro defende que o diálogo entre os dois países aconteça de forma digna e sem violar a soberania das duas nações. “Isso não é arrogância, nós queremos respeito com o Brasil”, complementa.





Salvo se Trump mudar de ideia, a tarifa linear de 50% sobre todos os produtos de origem brasileira que ingressarem nos EUA começa a valer no dia 1º de agosto de 2025. Nesta terça, o secretário do Comércio do governo Trump, Howard Lutnick, acenou para a possibilidade de deixar fora do tarifaço produtos que não são adaptados ao solo americano, como café, cacau, manga, abacaxi e banana, entre outros recursos naturais.





Haddad avalia que ainda não está claro o que o governo americano está pedindo para negociar com o Brasil. De acordo com ele, só é possível sentar à mesa quando se entende o que os interlocutores estão pedindo.





Ele afirmou, ainda, que existem mais assuntos sendo tratados para além do que foi exposto na carta de Trump direcionada ao governo brasileiro. Dentre os assuntos, está o Pix. Para ele, existe um incomodo sobre o Pix ser uma tecnologia de Estado. Esse, porém, é um expediente que o governo não pretende abrir mão, explicou o ministro, em entrevista à CNN Brasil nesta terça-feira (29/7).





Sobre Lula e Trump, leia também