100 anos

‘Lulinha paz e amor vai quebrar sigilos decretados por Bolsonaro’, diz Lula no RS

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a dizer que, se for eleito,…

No segundo turno, petista tem 50% contra 40% do atual presidente. Quaest: Lula vai a 44% e Bolsonaro segue com 34% no 1º turno
(Foto: reprodução/Twitter)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a dizer que, se for eleito, vai acabar com os decretos de sigilo de cem anos emitidos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre temas controversos nos últimos anos. A declaração foi dada durante um comício do petista em Porto Alegre.

Bolsonaro pode estar certo de que o Lulinha paz e amor vai quebrar todos os sigilos dele e nós vamos saber o que ele estava escondendo — afirmou o ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto.

O presidente Bolsonaro colocou sigilo em uma série de informações ao longo de seu mandato, como seu cartão de vacinação e informações sobre crachás de seus filhos Eduardo e Carlos para acessar o Planalto. Também foi colocado em sigilo pelo Exército um processo sobre a ida do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, a um ato bolsonarista no Rio de Janeiro. A presença de militares em atos de proselitismo político é vedada a oficiais da ativa.

O ato petista durou mais de duas horas e reuniu uma multidão no Largo Glênio Peres. Acompanharam o ex-presidente e discursaram também lideranças como a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a presidente do PT Gleisi Hoffmann e os candidatos petistas ao governo do Rio Grande do Sul, Edegar Pretto, e ao Senado, Olívio Dutra, além da ex-deputada Manuela D’Ávila (PC do B).

Nas falas, todos exortaram apoiadores a fazerem campanha para tornar possível uma vitória de Lula já no primeiro turno.

Em sua fala, o ex-presidente Lula também voltou a dizer que os bolsonaristas “são fanáticos” e “às vezes têm comportamento agressivo” e disse que a militância deve “ficar alerta” com eventuais mentiras disseminadas por adversários políticos nas redes sociais.

Ao comentar uma possível rejeição do setor do agronegócio a sua candidatura, Lula atribuiu o fato supostamente à sua defesa do desmatamento zero na Amazônia.

— Não tenho problema com o agronegócio, eles são úteis ao Brasil, produzem em larga escala, exportam muito. Mas por que eles não gostam de nós se a Dilma quando foi presidenta colocou mais dinheiro para financiar a agricultura do que qualquer outro presidente? Eles não gostam de nós porque sabem que vai acabar essa história de invadir a Amazônia — disse. Também citou ser contra a exploração de garimpos em terras indígenas.

O ex-presidente também voltou a dizer que o teto de gastos aprovado no governo de Michel Temer (MDB) vai acabar em um eventual novo governo Lula.

— Tem gente que fala o seguinte: ‘Lula, você precisa conversar com o sistema financeiro. O sistema financeiro quer conversar com você’. Eu fico pensando o que o sistema financeiro quer conversar comigo. No mínimo, quer pedir para eu manter o teto de gastos, e eu não vou manter. Vou acabar com o teto de gastos, porque responsabilidade não precisa ter lei — disse Lula.

O ex-presidente citou que nos governos petistas houve superávit. — A gente juntou dinheiro que este país nunca teve. Precisou do PT para pagar a dívida com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e ainda juntar US$ 370 bilhões que estão até hoje sendo a garantia deste país — salientou, em referência às reservas internacionais do Brasil.

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