Macron anuncia evento sobre a criação do Estado Palestino
Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou uma conferência com o objetivo de discutir a implementação da solução de dois Estados
A Assembleia Geral da ONU aprovou, na terça-feira (3), a realização de uma conferência internacional para discutir a criação de um Estado palestino, com foco na solução de dois Estados para o conflito entre Israel e Palestina. A conferência, que será co-presidida pela França e pela Arábia Saudita, está marcada para acontecer entre 2 e 4 de junho de 2025, em Nova York, sede da ONU.
A decisão teve 157 votos projetados, incluindo o Brasil, enquanto oito países votaram contra, entre eles Estados Unidos, Israel e Argentina. Sete nações se abstiveram, incluindo Camarões e Ucrânia. O evento tem como objetivo criar um caminho para a convivência entre Israel e o Estado palestino, com o objetivo de resolver a questão do Oriente Médio de forma definitiva.
O presidente francês, Emmanuel Macron, e o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman, foram os responsáveis pelo anúncio da conferência, que terá uma plataforma para discutir a implementação da solução de dois Estados. Durante a visita de Macron ao Riad, ambos destacaram que, nos meses seguintes, trabalharão juntos para criar um ambiente favorável à paz e ao diálogo.
A ONU reiterou a necessidade de negociações credíveis para a paz e destacou que as ações de Israel nos territórios palestinos ocupados violam o direito internacional. A resolução exige que Israel cesse imediatamente a colonização e retire os colonos do território territorial.
Além disso, o texto aprovado reafirma o compromisso da ONU com os direitos do povo palestino, incluindo o direito dos palestinos sobre seu território e criar um ambiente mais favorável para as negociações de paz.
O conflito entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza, também foi um ponto central na discussão. Com mais de 44 mil mortos desde o início da escalada de violência em outubro de 2023, a situação humanitária em Gaza é crítica. A ONU e várias organizações humanitárias alertam para a necessidade urgente de um cessar-fogo para mitigar a tragédia em curso.