RESPOSTA

Meta diz à AGU que fim da checagem de fatos só vale para os EUA, por enquanto

Meta, de Mark Zuckerberg, afirma que vai testar e aprimorar o modelo em solo norte-americano antes de expandi-lo para outros países

Meta diz à AGU que fim da checagem de fatos só vale para os EUA
Meta diz à AGU que fim da checagem de fatos só vale para os EUA (Foto: Divulgação)

A Meta (Instagram, Facebook e WhatsApp) disse à Advocacia-Geral a União (AGU) que o encerramento do programa de checagem de fatos valerá somente para os Estados Unidos, inicialmente. A empresa afirmou que vai testar e aprimorar a medida antes de expandi-la.

“A Meta desde já esclarece que, no momento, está encerrando seu Programa de Verificação de Fatos Independente apenas nos Estados Unidos, onde testaremos e aprimoraremos as Notas da Comunidade antes de dar início a qualquer expansão para outros países”, diz o documento.

A empresa disse, ainda, que está comprometida com o respeito aos direitos humanos, bem como os princípios de igualdade, segurança, dignidade, privacidade e voz. As mudanças, inclusive, buscam “o equilíbrio ideal entre a liberdade de expressão e a segurança”, informa o documento à AGU.

“Os canais existentes para denúncias relativas a quaisquer violações de políticas permanecem inalterados e continuarão disponíveis, permitindo a qualquer usuário denunciar conteúdo que considere violador das nossas políticas, e nós continuaremos a adotar medidas contra o conteúdo que for violador em resposta. Também permanecem inalteradas as parcerias vigentes com diferentes agências governamentais.”

Na última sexta-feira (10), a AGU notificou a Meta para explicar quais mudanças na sua política de moderação de conteúdo seriam implementadas no Brasil. A medida ocorreu após o CEO e fundador da Meta, Mark Zuckerberg, afirmar que acabaria com a checagem de fatos nas plataformas da empresa.

As regras de proteção às comunidades vulneráveis, como pessoas LGBTQIA +, e de combate aos discursos de ódio também seriam encerradas. Naquele momento, ele fez críticas a regulação de países da América Latina, como o Brasil, e Europa.