“Meu sonho um projeto onde quem recebe Bolsa Família não pode votar”, diz senador Marcos do Val
Parlamentar viralizou com vídeo em que aparece chamando política social de "compra de votos"
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) voltou a causar polêmica ao atacar o Bolsa Família e as universidades públicas em um vídeo divulgado nas redes sociais. Na gravação ele aparece com os olhos arregalados, xinga por diversas vezes, mistura assuntos de forma desconexa, critica o sistema educacional e acusa programas sociais de serem uma forma de “compra de votos“.
No vídeo, o parlamentar diz que quem recebe o Bolsa Família não deveria ter direito ao voto. “Não é o Estado que tem que fazer por você, é você que tem que fazer pelo Estado”, disse Do Val, que recebe um salário de R$ 44 mil por mês. Em seguida, completou: “Um dos projetos que eu sonho em fazer é o seguinte: quem recebe Bolsa Família não pode votar.”
Além do Bolsa Família, as universidades públicas também foram alvo dos ataques do senador, afirmando que as instituições são “um lixo” e promovem “comportamentos inadequados”.
Marcos do Val ataca Bolsa Família; vídeo
🚨 ATENÇÃO: senador bolsonarista Marcos do Val vai apresentar projeto de lei para proibir o direito ao voto para o público do Bolsa Família!
— Análise Política (@Analise2023) March 30, 2025
– Com salário de 44 mil por mês, ele também disse que a população é que precisa fazer pelo Estado, não o contrário! pic.twitter.com/EoKkRdVjaW
Ex-militar, instrutor da Swat e influente nas redes: Quem é o senador Marcos do Val
Natural de Vitória (ES), Marcos do Val é um militar do exército Brasileiro no 38º Batalhão de Infantaria. O senador, no entanto, tornou-se famoso como instrutor de agentes de segurança pública e privada.
Com esta qualificação, Marcos do Val fundou uma empresa – o Centro Avançado em Técnicas de Imobilizações (Cati) – e ofereceu cursos para agentes da Swat, Nasa, FBI, Navy Seals e Vaticano, conforme consta no site oficial do senador.
Do Val também era frequentador de programas de auditório, nos quais demonstrava as habilidades que ensinava em cursos dados a “mais de 120 corporações policiais e de segurança espalhadas por diversos países como EUA, China, França, Espanha, Luxemburgo, Bélgica, Itália, Portugal, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai, Equador, Colômbia, Brasil e outros”. Continue lendo…
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