fake news

Ministério Público pede cassação da Jovem Pan por desinformação nas eleições de 2022

Segundo o MPF, rádio teria atuado como aliada de teses golpistas

Ministério Público pede cassação da Jovem Pan por desinformação nas eleições de 2022 MPF rádio teria atuado como aliada de teses golpistas
Foto: Reprodução/Facebook

O Ministério Público Federal (MPF) pediu a cassação da Jovem Pan em razão da cobertura feita pela emissora durante as eleições de 2022. No documento entregue à Justiça, o órgão afirma que a rádio teve papel central na propagação de informações falsas e pede ainda que a empresa pague uma multa de R$ 13,4 milhões por danos morais coletivos.

Segundo o MPF, a Jovem Pan teria atuado como aliada de teses golpistas, ao veicular de forma sistemática conteúdos que questionavam a confiabilidade do processo eleitoral. “A veiculação sistemática, pela emissora, de informações falsas, acompanhadas de incitações reiteradas à desordem e à intervenção das Forças Armadas sobre os Poderes constituídos, foi um dos componentes essenciais para o clima de insurreição que os golpistas pretendiam instaurar”, diz trecho do parecer.

Outros pedidos

Além da cassação da Jovem Pan, o Ministério Público também quer que a emissora seja obrigada a exibir conteúdos de direito de resposta, por quatro meses consecutivos, diariamente entre 6h e 21h. A medida teria como objetivo reforçar informações oficiais sobre a confiabilidade do processo eleitoral.

A expectativa é que o caso seja julgado até novembro. Procurada pela imprensa, a Jovem Pan afirmou que não comentará o processo.

Tentativa de acordo frustrada

Em 2023, a emissora chegou a propor um acordo ao MPF por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). No entanto, a negociação não avançou. A rádio aceitou a veiculação de mensagens com informações oficiais, mas exigia a garantia de que não perderia as concessões nem seria obrigada a pagar multa — pontos rejeitados pelo Ministério Público.

O que pode ser cassado

Vale destacar que apenas as concessões públicas de rádio da Jovem Pan podem ser atingidas pela decisão judicial. Já o canal de notícias, transmitido por TV por assinatura e YouTube, não seria afetado diretamente caso a Justiça aceite o pedido do MPF.