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MP de SP cria força-tarefa para investigar caso Prevent Senior

O inquérito policial apura se a aplicação de remédios sem eficácia comprovada contra a covid-19 em pacientes que vieram a óbito configura crime de homicídio

ANS aprova pedido da Prevent para parcelar dívida com SUS em 60 vezes
ANS aprova pedido da Prevent para parcelar dívida com SUS em 60 vezes - (Foto: Divulgação - Prevent Sênior)

O procurador-geral da Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo, designou nesta quinta-feira, 23, quatro promotores para compor a força-tarefa que vai investigar se a Prevent Senior tratou pacientes, sem o seu consentimento, com o chamado ‘kit-covid’.

As suspeitas que recaem sobre a pesquisa supostamente desenvolvida pela operadora de planos de saúde em São Paulo, com hidroxicloroquina e invermectina, vieram a público a partir da CPI da Covid no Senado.

Além de escalar os promotores Everton Zanella, Fernando Pereira, Nelson dos Santos Pereira Júnior e Neudival Mascarenhas Filho para trabalhar em conjunto com o promotor natural, Rodolfo Bruno Palazzi, o chefe do Ministério Público de São Paulo também determinou “atenção total’ à investigação.

O inquérito policial tramita no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e apura se a aplicação de remédios sem eficácia comprovada contra a covid-19 em pacientes da Prevent Senior que vieram a óbito configura crime de homicídio. A operadora também é suspeita de ocultar mortes de pessoas que teriam participado do estudo e de pressionar médicos a adotarem o ‘tratamento precoce’.

O Estadão apurou que, entre os próximos passos da investigação, está prevista a análise de documentos que a comissão parlamentar se comprometeu a compartilhar com o Ministério Público de São Paulo. O dossiê em posse dos senadores traz, por exemplo, denúncias de médicos da Prevent Senior.