CRIME DE TORTURA

MP pede prisão de padrasto que agrediu enteado no RJ

O ministério Público do Rio (MPRJ) pediu, nesta sexta-feira (16), a prisão preventiva de Victor…

Padrasto filmado agredindo enteado de 4 anos deverá ser transferido para presídio
Padrasto filmado agredindo enteado de 4 anos deverá ser transferido para presídio (Foto: Reprodução - Redes sociais)

O ministério Público do Rio (MPRJ) pediu, nesta sexta-feira (16), a prisão preventiva de Victor Arthur Pinho Possobom, de 32 anos, flagrado por câmeras de segurança de um prédio, em Niterói, agredindo o enteado de apenas quatro anos. O pedido partiu da 2ª promotoria de justiça de investigação penal territorial do núcleo de Niterói.

De acordo com MPRJ, a apuração dos fatos revelou ainda que moradores e vizinhos reclamavam que frequentemente o denunciado gritava com o menor, tendo, em diversas ocasiões, escutado a vítima aos berros, pelas violências sofridas. Victor Possobom deve responder, segundo o MPRJ, pelo crime de tortura. O pedido de preventiva se justifica pela gravidade dos fatos flagrados pelas câmeras e para garantir a segurança da vítima, de sua mãe e das testemunhas.

Mais cedo a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), de Niterói, também havia pedido a prisão preventiva Victor Possobom. Desta vez, a representação foi por violência psicológica contra a ex-companheira, a chef de cozinha Jéssica Jordão Carvalho, de 30 anos, mãe do menino agredido. O primeiro pedido de prisão foi feito na quinta-feira (15), pelo delegado Claudio Otero Ascioli, titular da 77ª DP (Icaraí), em razão das agressões sofridas pelo enteado.

Victor Possobom tem passagens pela polícia por violência doméstica, lesão corporal, lesão corporal culposa, injúria e ameaça. A mãe dele foi uma das vítimas das agressões. Em 2013, ela chamou a Polícia Militar após ser espancada por ele. Possobom chegou a ser preso, mas foi liberado. Uma ex-esposa do lutador de boxe também teria sido agredida quando ele tentou visitar o filho. Na quinta, o delegado Claudio Otero Ascioli, titular da 77ª DP (Icaraí) pediu a prisão de Victor Arthur em razão das agressões sofridas pelo menino. O suspeito está sendo procurado pela polícia.

Existem também outras acusações contra o homem em algumas delegacias do Rio e também na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Niterói.

Entre os crimes estão: lesão corporal, lesão corporal culposa, injúria e ameaça. O último registro datado contra Possobom é de julho de 2022, pelo crime de violência psicológica contra a agora ex-mulher.

Em 2015, uma ex-companheira de Possobom disse que ele foi até sua casa, no Largo da Batalha, exigindo ver o filho dele. Sem conseguir encontrá-lo, começou a ofender a mãe da criança. Ao tentar entrar na casa, empurrou o portão, que atingiu a vítima.

Dois anos depois, já em 2017, uma testemunha relatou que viu Possobom agredindo a namorada com um tapa, e que a vítima estava com a testa vermelha e o rosto sangrando. A testemunha contou que a vítima caiu no chão, e que em seguida Victor a levantou e balançou pelos braços.

A defesa de Victor Arthur Pinho Possobom não foi localizada.