Mulher de Daniel Alves desabafa após absolvição do marido: “Morderam a língua”
A modelo afirmou ter sido alvo de insultos, ameaças e perseguição midiática
Após a absolvição do ex-jogador Daniel Alves pela Justiça espanhola no caso de estupro, a esposa dele, Joana Sanz, usou as redes sociais para desabafar e criticar aqueles que a julgaram durante os últimos dois anos. Em um desabafo, a modelo afirmou ter sido alvo de insultos, ameaças e perseguição midiática, mesmo sem ser a acusada no processo.
Em posts no Instagram, Joana escreveu: “Eles apontaram para mim, me insultaram, me ameaçaram e me perseguiram por dois anos. Como se eu fosse o único no banco dos réus”. Ela destacou que manteve sua vida profissional e suas convicções, mesmo sob pressão: “Apesar de tantos danos midiáticos e públicos, continuo de pé (…), defendendo o que penso sem ser envenenada pelos outros”. A mensagem terminou com um recado direto: “Se eduquem, para não precisarem morder a língua”.
O ex-atleta teve o casamento com Joana abalado após a denúncia de estupro. Os dois chegaram a se separar durante a prisão de Alves, mas retomaram o relacionamento em 2024, após ele conseguir liberdade provisória.
Acusação de estupro
Daniel Alves foi acusado de estuprar uma jovem em uma boate de Barcelona em dezembro de 2022. Inicialmente condenado a 4 anos e 6 meses de prisão em fevereiro de 2024, o ex-jogador cumpriu 14 meses em custódia antes de ser liberado mediante o pagamento de uma fiança de 1 milhão de euros (R$ 6,6 milhões).
O Tribunal Superior da Catalunha anulou, na quinta-feira (27), a sentença por unanimidade, alegando “lacunas e inconsistências” no depoimento da acusação. Os juízes destacaram que partes da narrativa da vítima “não correspondiam à realidade”, embora tenham ressaltado que a decisão “não significa que o fato não ocorreu”. Com a absolvição, Alves está livre das medidas cautelares e pode até receber indenização do Estado espanhol pelos meses preso — estimada em 11 mil euros (R$ 68 mil).
Repercussão
Enquanto a defesa do ex-jogador comemorou a “vitória da justiça”, a decisão reacendeu debates sobre violência sexual e impunidade. A advogada da família, Graciele Queiroz, afirmou que a família “sempre acreditou na inocência” de Alves. Já a vítima, que não teve a identidade revelada, mantém seu relato — inicialmente respaldado por exames que detectaram sêmen e lesões em seu corpo.
Joana Sanz, que evitou comentar detalhes do processo, encerrou seu desabafo com:“Feliz vida”. O caso, no entanto, ainda pode ter desdobramentos, já que o Ministério Público espanhol pode recorrer da absolvição.
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