Entorno de Brasília

Mulher é presa após abortar e enterrar corpo em Luziânia

Um mulher foi presa acusada de provocar um aborto e de enterrar o feto no quintal…

Um mulher foi presa acusada de provocar um aborto e de enterrar o feto no quintal de sua casa em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Segundo as investigações, a mulher recebeu o medicamento abortivo do pai da criança e teve a ajuda do cunhado e da irmã para ocultar o corpo.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Caroline Matos, o aborto aconteceu na sexta-feira (7). No sábado, a mulher ligou para a irmã e o para o cunhado para pedir ajuda para enterrar o corpo. A Polícia Civil então recebeu denúncia e prendeu os três na segunda-feira (10) em flagrante pela ocultação de cadáver.

Já o pai da criança não foi preso, mas irá responder pelo crime de aborto. “Não havia mais o flagrante do aborto, por isso o companheiro dela foi não preso”, explica a delegada.

O feto foi encontrado pela polícia enterrado no quintal da casa do casal. “Em uma escavação simples, estava bem raso, eles [policiais]encontraram o feto no interior de uma caixa de sapato”, contou Caroline.

Contradição

A motivação para o crime ainda não foi esclarecida. “Eles deram depoimentos contraditórios a respeito da motivação”, disse a deleagada.

De acordo com Caroline, a mulher já tem três filhos de outro relacionamento e estava desempregada. Ela morava há cerca de sete meses com o atual companheiro e alegou, em depoimento, que ele não queria a criança e que ela não tinha condições de criar mais uma sozinha.

Já o companheiro da mulher afirmou que ele assumiria a criança, mas que a companheira ficou “atrás dele” para ele conseguir o remédio para provocar o aborto.

Depois do aborto, o companheiro teria mandado a mulher “se virar” e então ela, que estava passando mal no sábado por conta do procedimento, teria pedido ajuda aos familiares para enterrar o corpo. “Essa foi a única parte que os depoimentos coindiram”, ressalta a delegada.

Outra contradição no inquérito é em relação ao tempo de gestação da mulher. Em depoimento, ela alegou primeiramente estar grávida de apenas um mês. Depois disse ter entre quatro a cinco meses de gravidez, mas a delegada suspeita que ela já tinha seis meses devido ao tamanho do feto encontrado. “Só a perícia vai determinar a idade exata”, pontuou.

A mulher e a irmã foram encaminhadas para o presídio feminino de Luziânia. Já o cunhado pagou uma fiança de um salário mínimo e foi liberado.

A pena para o crime de aborto e de ocultação de cadáver pode chegar até 3 anos. Somadas as punições, a mãe da criança poderá pegar até seis anos de cadeia.