Mulher é presa por extorquir homens com falsos encontros na internet no ES: ‘Foi bom enquanto durou’
Segundo a polícia, 15 vítimas já foram identificadas
Uma mulher de 31 anos foi presa na sexta-feira (12), em Colatina, no Espírito Santo, suspeita de liderar um esquema de extorsão contra homens atraídos por falsos encontros marcados pela internet. Camila Francis da Silva foi detida junto com o marido e uma conhecida do casal, que também integravam a organização criminosa. Segundo as investigações, o grupo movimentou cerca de R$ 600 mil em apenas seis meses.
As investigações começaram após vítimas procurarem a polícia para denunciar os crimes. Uma delas relatou prejuízo de cerca de R$ 30 mil. Ao menos 15 vítimas foram identificadas em mais de 10 municípios do Espírito Santo.
Conforme apurado, Camila criava perfis falsos em sites de relacionamento, onde se aproximava das vítimas, trocava fotos e informações pessoais e marcava encontros que nunca aconteciam. Em seguida, passava a ameaçar divulgar conversas e imagens para familiares, parentes e esposas das vítimas, exigindo dinheiro para manter o silêncio.
Durante a operação, a polícia apreendeu relógios, óculos e perfumes importados, dinheiro em espécie e um carro avaliado em aproximadamente R$ 120 mil. De acordo com a Polícia Civil, o padrão de vida luxuoso exibido por Camila nas redes sociais era financiado com recursos obtidos por meio das extorsões.
“Foi bom enquanto durou”, declarou a suspeita
Ainda segundo a polícia, Camila era a líder do grupo criminoso e já havia sido presa anteriormente pelo mesmo tipo de crime. Em depoimento após a prisão, ela teria declarado: “Foi bom enquanto durou”. De acordo com o delegado Erick Lopes Esteves, a frase chamou atenção justamente pelo histórico de reincidência da suspeita, presa em 2016 por extorsão semelhante.
Imagens divulgadas pela Polícia Civil mostram a transformação no visual da investigada após procedimentos estéticos e cirurgias de alto custo, realizados por ela e pela filha. Segundo a polícia, todas as despesas eram custeadas com o dinheiro obtido de forma ilícita.
Ao todo, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão. A Justiça também determinou o bloqueio de bens e valores pertencentes aos investigados.
As investigações continuam para identificar outras possíveis vítimas e apurar a participação de mais envolvidos no esquema criminoso.
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