Bolsonaro

Na véspera de deixar o cargo, Bolsonaro relembra facada e fala de atos golpistas

Em tom ambíguo, o presidente afirma que buscou diversas formas de mudar o rumo do pleito, tudo "dentro das quatro linhas".

Jair Bolsonaro durante live (Foto: Reprodução - Youtube)

Depois de um mês em silêncio, desde que perdeu a eleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou uma live de despedida na manhã desta sexta-feira (30) na qual relembrou a facada que tomou durante a campanha à presidência de 2018 e falou sobre atos golpistas na frente dos quartéis.

Bolsonaro, em um dos seus últimos atos como presidente do Brasil disse na live que se recolheu e não participou dos movimentos em frente aos quartéis, que pedem intervenção militar para impedir que o presidente eleito Lula (PT) tome posse no próximo dia 1º de janeiro de 2023. Mas trata as manifestações como “pacíficas”.

“O que houve no Brasil foi uma manifestação do povo, que não tinha liderança. E um protesto pacífico, ordeiro e seguindo a lei e que deve ser respeitado”, diz Bolsonaro.

Em tom ambíguo, o presidente afirma que buscou diversas formas de mudar o rumo do pleito, tudo “dentro das quatro linhas”. Sem especificar bem o que seria esse apoio ou a mudança de rumo.

No entanto, criticou a tentativa de explosão de bomba na cidade e o trato que a mídia deu ao caso. “Nada justifica aqui em Brasília essa tentativa de ato terrorista no aeroporto de Brasília. Nada justifica. Um elemento que foi pego, graças a Deus, com ideias que não coadunam com nenhum cidadão. Agora massifica em cima do cara como bolsonarista do tempo todo. É a maneira da imprensa tratar”, disse.

Além disso, Bolsonaro disse que foi perseguido pela imprensa e pelo Judiciário.

Ao relembrar a facada, Bolsonaro indagou: “Se a facada tivesse sido fatal como estaria o Brasil hoje em dia?”