TRAMA GOLPISTA

‘Não houve coação’: Mauro Cid diz que estava em crise quando criticou a própria delação em áudios

“Foi um vazamento de áudios, sem consentimento. Tinha um desabafo de um momento difícil que eu e minha família estávamos passando"

'Não houve coação': Mauro Cid diz que estava em crise quando criticou própria delação em áudios
'Não houve coação': Mauro Cid diz que estava em crise quando criticou própria delação em áudios (Foto: Reprodução)

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, disse em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) que estava “em crise” quando criticou a própria delação premiada em áudios. Réu no processo que investiga suposta tentativa de golpe para manter o ex-presidente no poder, fala à Corte nesta segunda-feira (9).

“Foi um vazamento de áudios, sem consentimento. Tinha um desabafo de um momento difícil que eu e minha família estávamos passando. Onde mensagens de áudio da minha filha sendo vazadas pela imprensa. Matérias, fotos pessoais sendo vazadas. Eu vendo minha carreira militar, minha vida financeira acabada. O que gerou uma crise pessoal psicológica muito grande, o que nos leva a um certo desabafo com amigos”, disse Cid ao reforçar que as declarações não foram acusatórias e nem feitas de forma oficial. E enfatizou, também, que não houve coação e que aceitou todos os termos do acordo.

“Nesses áudios, critico generais, políticos. Saí atirando para tudo quanto é lado. Foi mais um desabafar aquele momento ruim que a família estava passando. Não sei como esses áudios foram parar na mão da Veja. Com relação aos investigadores da PF, em nenhum momento houve pressão. Eles tinham uma linha investigativa e eu tinha outra visão do que aconteceu dos fatos.”

Os interrogatórios dos réus começaram às 14h desta segunda-feira, no STF. O ex-presidente Jair Bolsonaro também consta entre os investigados que deverão falar nos próximos dias.

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