No STF, Cid reclamou que engordou enquanto Bolsonaro ficou rico
Reclamação foi feita pelo ex-ajudante de ordens no depoimento que prestou ao STF no dia 22 de março para o desembargador Airton Vieira

Em um dos depoimentos ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), reclamou ter engordado mais de 10kg e perdido a privacidade enquanto o ex-chefe dele ficou milionário. A informação veio a público nesta quarta-feira (19), depois que o ministro Alexandre de Moraes quebrou o sigilo do acordo de delação de Cid.
A reclamação foi feita pelo ex-ajudante de ordens no depoimento que prestou ao STF no dia 22 de março para o desembargador Airton Vieira, que atuava como auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Ayton questionou Cid quem seriam as pessoas que ficaram “milionárias” enquanto outras enfrentavam dificuldades.
“Estava falando do presidente Bolsonaro que ganhou pix, aos generais que estão envolvidos na investigação e estão na reserva. E no caso próprio perdeu tudo. A carreira está desabando. Os amigos o tratam como um leproso, com medo de se prejudicar. Não é político, não é militar, quer ter a vida de volta. Está enclausurado. A imprensa sempre fica indo atrás. Está agoniado. Engordou mais de 10 quilos. O áudio é um desabafo”, afirmou Cid, segundo documento do Supremo.