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O que se sabe sobre a pílula para emagrecer que pode ser alternativa às canetas; veja

Wegovy se torna o primeiro comprimido do tipo a ser aprovado

O que se sabe sobre a pílula para emagrecer que pode ser alternativa às canetas Wegovy se torna o primeiro comprimido do tipo a ser aprovado
Imagem: FreePik

A aprovação de uma pílula para emagrecer que pode se tornar alternativa às canetas injetáveis usadas no tratamento da obesidade chamou a atenção do mercado farmacêutico e de pacientes. A FDA, agência reguladora dos Estados Unidos, autorizou o uso da versão em comprimido do Wegovy, medicamento da farmacêutica Novo Nordisk, marcando um avanço inédito no segmento de remédios para perda de peso.

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Segundo a empresa dinamarquesa, trata-se da primeira pílula para emagrecimento desse tipo aprovada pelo órgão americano. O comprimido será de uso diário e, de acordo com a fabricante, deve oferecer resultados semelhantes aos da versão injetável, hoje aplicada por meio das chamadas canetas.

Atualmente, o Wegovy já é aprovado pela FDA para o tratamento da obesidade. Outros medicamentos com efeitos semelhantes, como o Ozempic, também da Novo Nordisk, foram inicialmente liberados para o controle do diabetes tipo 2, mas acabaram sendo amplamente utilizados para emagrecimento sob prescrição médica.

Wegovy: resultados dos testes clínicos

De acordo com dados divulgados pela farmacêutica, os testes clínicos da versão oral do Wegovy mostraram uma perda média de 16,6% do peso corporal entre os participantes. O estudo envolveu cerca de 1.300 pessoas, e aproximadamente um terço delas perdeu 20% ou mais do peso ao longo do tratamento.

“O paciente terá um comprimido diário, mais conveniente, capaz de promover uma perda de peso equivalente à da injeção original do Wegovy”, afirmou Mike Doustdar, diretor-executivo da Novo Nordisk.

A expectativa da empresa é que o medicamento seja lançado nos Estados Unidos no início de 2026.

Concorrência e impacto no mercado

A aprovação da pílula para emagrecer ocorre em um momento de forte concorrência no setor. A farmacêutica americana Eli Lilly, fabricante do Mounjaro, também desenvolve medicamentos orais com mecanismos semelhantes, ampliando a disputa pelo mercado de tratamentos contra a obesidade.

Após o anúncio da FDA, as ações da Novo Nordisk chegaram a subir quase 10% no pregão estendido da Bolsa de Nova York, sinalizando otimismo dos investidores com a nova alternativa às canetas injetáveis.

Situação no Brasil

No Brasil, medicamentos à base de agonistas do GLP-1 já são aprovados pela Anvisa, mas apenas nas versões injetáveis. Entre eles estão Wegovy, Ozempic (ambos com semaglutida) e o Mounjaro, que contém tirzepatida.

Esses remédios exigem receita médica com retenção e acompanhamento clínico. A Anvisa reforça que produtos sem registro sanitário não podem ser vendidos ou importados legalmente no país.

Até a publicação desta matéria, a agência brasileira ainda não havia informado se há pedidos de registro em análise para versões orais de medicamentos voltados ao tratamento da obesidade.