OUSADO

Onça ferida em queimadas no Pantanal será tratada com ozônio em Goiás

“Ousado“, uma das onças resgatadas nos incêndios do Pantanal e que foi levada para tratamento…

Mais uma onça vítima das queimadas no Pantanal passará por tratamento em Corumbá de Goiás
(Foto: Divulgação Nex)

Ousado“, uma das onças resgatadas nos incêndios do Pantanal e que foi levada para tratamento em uma ONG de Corumbá de Goiás, passará por tratamento com ozônio para uma melhor cicatrização das patas, que tiveram queimaduras de segundo grau. O animal chegou semana passada no Instituto de Preservação e Defesa dos Felídeos da Fauna Silvestre do Brasil em Processo de Extinção (NEX), ONG que já tinha recebido outra onça no final de agosto, a “Amanaci”.

O tratamento com ozônio, denominado ozonioterapia, envolve a exposição ao gás com objetivos terapêuticos. De acordo com o médico veterinário Thiago Luczinski, o tratamento já é aplicado a algum tempo em animais. “Vamos utilizar no Ousado também. A ozonioterapia tem como função acelerar a cicatrização para que o animal tenha uma recuperação mais rápida”, afirma.

A troca de curativos nos animais é feita de dois em dois dias, além da constante limpeza da área machucada. A ozonioterapia seria iniciada na última segunda-feira (21), mas precisou ser adiada devido as chuvas que atingiram a sede da ONG. Segundo os veterinários, seria perigoso sedar uma onça nessas condições climáticas.

Tanto o Ousado quanto Amanaci se recuperam gradativamente dos ferimentos. “As duas onças estão melhorando. As feridas estão cicatrizando, elas estão bastante ativas e se alimentando bem”, acrescenta Luczinski. Por hora, os animais estão isolados em recintos para que não consigam se locomover, evitando assim que façam força com as patas.

Onça-pintada ferida em incêndio recebe primeira aplicação de células-troncoPantanal de Mato Grosso teve queimaduras gravíssimas — Foto: Willian Gomes / Secomm UFMT

Onça-pintada resgatada de incêndio no Pantanal de Mato Grosso (Foto: Willian Gomes / Secomm UFMT)

Ousado tem 70 quilos e foi resgatado por um helicóptero da Marinha. O animal foi levado para a Universidade Federal do Mato-Grosso (UFMT) e depois partiu em uma viagem de 13 horas para Corumbá de Goiás. Um médico veterinário acompanhou todo o trajeto.

Amanaci foi resgatada no dia 17 de agosto em estado grave de desidratação e com queimaduras em todas as patas. Os dois animais foram levados para Nex No Extinction através de uma força-tarefa da Marinha, Exército e a ONG AMPARA Animal.

A equipe de veterinários acredita que a recuperação dos animais, que também estão passando por tratamento com células-tronco, levará cerca de 30 dias.