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Operação busca frear uso de drones para entrega de ilícitos no complexo prisional de Aparecida

De fevereiro a julho deste ano, 20 drones foram interceptados no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia

Operação busca drones e celulares na CPP e e Núcleo de Custódia em Aparecida (DGAP - Divulgação)
Operação busca drones e celulares na CPP e e Núcleo de Custódia em Aparecida (DGAP - Divulgação)

Policiais penais e civis conduzem operação para frear entrega de produtos ilícitos por meio de drones no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na manhã desta terça-feira (30). Alvos principais são celas da Casa de Prisão Provisória (CPP) e do Núcleo de Custódia. A ação denominada Vant, sigla para Veículos Aéreos Não Tripulados, tem foco na obtenção de informações e apreensão de celulares que possam viabilizar as ações criminosas por via aérea. A operação conjunta teve início às 6h da manhã.

Até as 8h30 a revista atingiu seis celas da CPP, de um total de 12. Uma cela foi inspecionada no Núcleo de Custódia, onde as buscas já foram encerradas. Uma faca e vários papéis com anotações de prisioneiros foram apreendidos. De acordo com a DGAP, conjunto de informações podem auxiliar a Polícia Civil a identificar organizações criminosas que utilizam Vants pra levar ilícitos para a comunidade prisional.

Entre fevereiro e julho deste ano, 20 drones foram interceptados no Complexo Prisional de Aparecida. Entre julho e novembro, nenhuma outra Vant foi apreendida. Os dados correspondem ao balanço organizado pela Gerência de Inteligência e Observatório da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP). O aumento no uso de drones para atividades ilícitas provocou a ampliação do monitoramento dos presídios pelas equipes de segurança.

Conjunto de drones apreendidos até julho são avaliados em R$ 210 mil

O conjunto de drones apreendidos até julho deste ano está avaliado em R$ 210 mil. A frequência na utilização dos Vants para transportar objetos ilícitos aos detentos foi um fator responsável por intensificar os trabalhos vigilância e segurança por parte dos policiais penais do Complexo Prisional.

De acordo com o balanço divulgado pela Gerência de Inteligência e Observatório (GIO) da Direção-Geral de Administração Penitenciária do Estado de Goiás, o mês de julho registrou o maior número de apreensões de veículos não tripulados que eram usados para realização de crimes: sete foram drones apreendidos. Em seguida, abril e junho registraram, respectivamente, seis e quatro apreensões. Apenas uma interceptação foi registrada nos meses de fevereiro, março e maio.

Aeronaves são utilizadas para arremessar objetos ilícitos dentro das unidades prisionais

De acordo com a DGAP, as aeronaves são comumente utilizadas para arremessarem itens para o lado interno dos núcleos penitenciários. Os materiais ilícitos encontrados com frequência nos drones incluem porções de drogas e aparelhos eletrônicos como celulares, chips telefônicos, cabos USB, fones de ouvido, carregadores para celular, entre outros. Em alguns casos, são encontradas também armas artesanais, como facas.

O trabalho de evitar entrada de ilícitos nas unidades prisionais do DGAP conta com a colaboração das tropas especializadas da Polícia Penal; do Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope) e Grupo de Guarita e Muralha (GGM); da Polícia Civil com o Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc); e da Polícia Militar com o Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer).

As interceptações mencionadas no relatório ocorreram no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, pertencente à 1ª Coordenação Regional Prisional (CRP) da DGAP. Em todas as situações, os materiais foram apreendidos e encaminhados às autoridades policiais competentes para as devidas providências. Nos casos em que foram identificados, os suspeitos de controlarem os drones para realização do crime também foram presos.