Eleições 2014

Oposição faz reunião de emergência no final de semana

// // Um deputado do PMDB afirma ao MAIS GOIÁS que a legenda pretende convocar…

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Um deputado do PMDB afirma ao MAIS GOIÁS que a legenda pretende convocar uma reunião de emergência para avaliar a candidatura de Iris Rezende a um mês da disputa eleitoral. O encontro deve acontecer no domingo à tarde.

Em pauta, a desorganização do PMDB, a falta de articulação da oposição durante os últimos dois meses e o risco real do PMDB perder as eleições no primeiro turno e provocar uma erosão nas postulações da legenda para a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás e também Câmara Federal.

“Essa sexta-feira foi angustiante com a divulgação deste Ideb, que mede a educação. Os golpes não encaixam, a eleição está difícil. Não temos a pegada necessária. Está uma luta muito árdua”, diz o peemedebista, que teme também não se reeleger, pois não teria recebido o apoio que esperava do partido.

Dois colégios eleitorais do candidato são cidades comandadas por prefeitos peemedebistas que aderiram à campanha de Marconi Perillo. “Disseram que continuariam a conceder apoio. Mas não é bem assim”, desabafa.

As críticas internas aumentam na medida em que o partido não se organiza, apesar de ter uma considerável somatória de intenções de votos – o PMDB registra  25,2 % na sondagem do Instituto Veritá, divulgado na sexta-feira. Marconi Perillo (PSDB) aparece com 42, 3%.  

CRISES

O partido enfrentou duas crises até agora após o início da temporada eleitoral – fora a briga intestina que ocorreu entre Iris Rezende e Júnior Friboi para ver quem seria o candidato, durante os meses de maio e junho.

Há um mês, a equipe que cuidava das redes sociais e internet do candidato peemedebista, a empresa Invicta, abandonou a candidatura e anunciou que o partido realizava escolhas equivocadas e que perderia as eleições.

Posteriormente, a imprensa divulgou que a legenda fraudava sua página na rede de computadores, com seguidores fakes (com nomes estrangeiros e estranhos à realidade de Goiás).

Na última semana, um novo golpe: o partido demitiu parte significativa da equipe de comunicação. E a campanha segue praticamente à deriva, com as tentativas de organizar discursos.

No final de agosto, a legenda tentou realizar um seminário sobre violência, tendo o coordenador de campanha, Barbosa Neto, comandar um debate sobre segurança pública. Mas a tentativa não colou.

Depois, o partido escolheu a educação como mote de campanha, afirmando que Goiás estaria decadente na área de educação. Veio novo golpe quando, nesta sexta-feira, o Ministério da Educação (MEC) divulgou que Goiás é o primeiro colocado no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).

Enquanto os peemedebistas permaneciam desarticulados, na tarde de sexta, Marconi reuniu três mil educadores no Parque de Exposições, onde realizou coletiva e tratou dos avanços da educação em Goiás.

O governador fez questão de falar em resultados conquistados por meio de boa gestão e fez todas as poses possíveis com os principais gestores de educação de Goiás.

De fato, o golpe dos peemedebistas na educação foi falho, porque o adversário estava forte e preparado com dados indiscutíveis.
Mas o mesmo não se percebe na Segurança Pública. Com índices negativos, e criminalidade em avanço em Goiás, o problema é outro: o PMDB que não tem conseguido acertar o golpe. Nem PMDB nem PSB ou PT. Assim, com tantas falhas dos adversários, a reeleição parece ser quase inevitável.