Padrasto é preso após espancar enteado de dois anos até a morte por ‘sujar a fralda’

O padrasto Paulo Cesar da Silva Santos, de 23 anos, foi preso em flagrante após espancar brutalmente o enteado Henry Gabriel, de apenas dois anos, em Queimados, no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, a criança chegou à UPA da cidade com múltiplos hematomas, marcas de chineladas, socos na barriga e na boca, lesão perfurocortante no punho, dente arrancado e até uma marca compatível com solado de calçado na perna. O menino não resistiu aos ferimentos.

A prisão aconteceu na noite de segunda-feira (2), momentos depois do crime. De acordo com a polícia, Paulo levou a criança por volta de 12h para atendimento médico — e foi nesse momento que os profissionais de saúde perceberam a gravidade das agressões e acionaram o Conselho Tutelar e a Polícia Civil.

Na delegacia, o padrasto confessou ter batido no menino porque ele teria “sujado a fralda”.

Testemunhas afirmaram que Paulo era agressivo, já havia batido na criança outras vezes, era usuário de drogas e chegou a integrar o tráfico na comunidade São Simão.

O boletim médico da UPA registrou uma série de ferimentos graves:
• múltiplos hematomas em várias regiões do corpo;
• edema bilateral na área parietal;
• pupilas anisocóricas;
• equimose no hemitórax esquerdo;
• lesão perfurocortante no punho;
• dente luxado com sangramento;
• marca compatível com solado de calçado na região femoral.

Paulo Cesar foi autuado por homicídio qualificado.

A mãe de Henry relatou que também era vítima das agressões do padrasto. “Já me agrediu também, por besteira e ciúmes”, contou ao RJTV.

O delegado Julio da Silva Filho afirmou que Paulo tentou minimizar a violência ao dizer que deu apenas “palmadas e chineladas”, mas a perícia mostrou um quadro muito mais grave.

“A mãe disse que a criança tremia e ficava inquieta com a presença do Paulo. Ele era contumaz em agredir aquela criança. Vizinhos também confirmaram que ouviram gritos dele e da criança no momento das agressões”, disse o delegado.