Pais de marido morto por Elize Matsunaga tenham anular maternidade dela sobre a filha
A advogada, Juliana Fincatti Santoro, afirma: “Minha cliente quer exercer o direito de ser mãe. Ela não cometeu nenhum crime contra a filha"
Os sogros de Elize Matsunaga estão tentando anular sua maternidade sobre filha de 14 anos. A mulher é condenada pelo assassinato do marido, Marcos Matsunaga, em 2012. Mitsuo e Misako Matsunaga, avós paternos da adolescente, detêm sua guarda desde o crime e agora querem garantir que Elize não tenha direitos sobre a neta.
A lei brasileira protege filhos da responsabilidade pelos crimes dos pais, mas quando o sobrenome se torna um fardo, a Justiça é acionada para cortar esses laços. O caso integra uma tendência crescente: pessoas que pedem a exclusão de pais ou mães de suas certidões para se livrar de vínculos com crimes notórios. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já analisou situações semelhantes, aceitando argumentos como falta de laço afetivo, erro no registro ou ausência de vínculo biológico.
No entanto, a defesa da condenada resiste. A advogada, Juliana Fincatti Santoro, afirma: “Minha cliente quer exercer o direito de ser mãe. Ela não cometeu nenhum crime contra a filha, sempre demonstrou afeto e tem plenas condições de cuidar da menina”. A própria Elize abandonou o sobrenome Matsunaga, adotando “Araújo Giacomini” em uma tentativa de se distanciar do crime.
Em 2022, Elize revelou que estava impedida de ver a filha desde 2012. Em um documentário da Netflix, ela contou que não via a menina nem por fotos. Elize escreveu um livro para tentar explicar seu lado do crime para a filha afirmando que agiu para se proteger de ofensas e agressões de Marcos.
*Com informações do blog True Crime, de O Globo