Senado

Para garantir a vitória de Pacheco, Planalto dormiu e acordou negociando cargos para senadores

Nesta reta final, o candidato do bolsonarismo, senador Rogério Marinho conseguiu assustar o governo

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado (Foto: Agência Senado)
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado (Foto: Agência Senado)

O Palácio do Planalto dormiu ontem a acordou hoje totalmente mobilizado para a eleição à presidência do Senado. As negociações de cargos para garantir a vitória de Rodrigo Pacheco na eleição desta quarta-feira à tarde vararam a madrugada e continuarão na manhã de hoje.

Cargos de segundo e terceiro escalões, diretorias regionais de estatais — está valendo tudo para manter os apoios a Pacheco ou virar votos de senadores que ameaçam votar em Rogério Marinho.

Nesta reta final, o candidato do bolsonarismo conseguiu assustar o governo. Marinho ganhou espaço, apareceram dissidências e o temor das traições aparece em todas as conversas.

Pelas contas dos aliados de Pacheco, o atual presidente do Senado terá cerca de 50 votos do total de 81. Ou seja, em torno dos dez votos a mais que o necessário para se eleger. Já os aliados de Marinho repetiam ontem à noite que ele já teria 45 votos garantidos. 

​​​​​​​O fato é que o governo Lula entrou de cabeça nesta eleição de hoje no Senado.

Até onde a vista alcança, é difícil imaginar uma derrota de um candidato quando um governo está a botar todas as suas armas de sedução na arena.