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Pastor brasileiro liberta mais de 50 pessoas em situação de escravidão no Paquistão

Claudinei Vicente é missionário internacional com atuação em mais de 20 países

Claudinei Vicente é missionário atuação em mais de 20 países Pastor brasileiro liberta mais de 50 pessoas de escravidão no Paquistão
Foto: Redes Sociais

Um pastor brasileiro tem chamado atenção por uma missão corajosa no exterior: ele já libertou mais de 50 pessoas em situação de escravidão no Paquistão. O responsável pela ação é Claudinei Vicente, missionário com atuação em mais de 20 países, que desde 2020 se dedica a resgatar famílias inteiras mantidas em regime de servidão no país asiático.

O trabalho do pastor acontece principalmente em Lahore, segunda maior cidade do Paquistão, onde operários trabalham em condições degradantes em olarias de tijolos. Foi lá que Claudinei conseguiu libertar mais de 50 pessoas, a maioria delas cristãs, incluindo 9 famílias completas que viviam sob dívidas impagáveis passadas de geração em geração.

Segundo Claudinei, muitos paquistaneses aceitam trabalhar em troca de comida ou para tentar pagar pequenos empréstimos feitos com empresários locais — o que acaba os prendendo em um ciclo contínuo de escravidão moderna. “Eles morrem de fome e se sujeitam a qualquer condição para sobreviver”, afirma.

O projeto liderado pelo pastor brasileiro é sustentado por doações feitas no Brasil, por meio de vaquinhas virtuais. Enquanto isso, uma equipe local de líderes religiosos cristãos atua diretamente no Paquistão, negociando com os chamados “donos de escravos” para garantir a libertação das vítimas.

Mais do que o resgate físico, a missão também busca romper o ciclo de servidão. A igreja parceira do projeto mantém uma escola dentro das olarias para oferecer ensino básico às crianças, além de apoio espiritual às famílias resgatadas. “Libertar é mais do que tirar da escravidão. É dar um novo caminho”, diz Claudinei.

Cada resgate exige, em média, até 3 mil dólares, valor usado para quitar dívidas e garantir a segurança das famílias após a libertação. “É um processo delicado, mas cada vida livre vale o esforço”, completa o missionário, que mora em São Paulo e já atuou em países como Índia, Venezuela, Moçambique e Haiti.

Estima-se que mais de 50 milhões de pessoas vivam em escravidão moderna ao redor do mundo — muitas delas no Paquistão, apesar da proibição legal do trabalho forçado. Para essas famílias, o trabalho do pastor brasileiro representa mais do que liberdade: é a chance de recomeçar.

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*Com informações do Metrópoles