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Pênis enterrado atinge 10% dos homens: entenda a condição, as causas e os tratamentos

Patologia compromete desempenho e funcionalidade

Patologia compromete desempenho e funcionalidade Pênis enterrado atinge 10% dos homens: entenda a condição, as causas e os tratamentos
Foto: FreePik

Um problema pouco falado, mas que afeta cerca de 10% dos homens, é o chamado pênis enterrado. A condição pode gerar constrangimento, afetar a autoestima e até mesmo prejudicar a vida sexual e urinária de quem convive com ela. Apesar de não ser tão conhecida do público em geral, especialistas destacam que o distúrbio tem causas específicas, pode aparecer em diferentes idades e, em muitos casos, tem tratamento eficaz.

Sintomas e impactos do pênis enterrado

De acordo com especialistas, o pênis enterrado pode causar dor durante as relações sexuais, dificuldade para urinar, infecções urinárias recorrentes e até impossibilidade de manter uma ereção visível. Muitos pacientes relatam ainda baixa autoestima, ansiedade e depressão devido à alteração na imagem genital.

Além disso, a condição costuma vir acompanhada de má higiene, inflamações e cicatrizes na região, o que agrava ainda mais os sintomas.

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Causas do pênis enterrado

O pênis enterrado pode ter origem congênita, quando já está presente desde o nascimento por conta de anomalias nos tecidos que sustentam o órgão. Mas também pode ser adquirido ao longo da vida, com fatores como:

  • Obesidade, que leva ao acúmulo de gordura ao redor do púbis e pode encobrir o órgão.
  • Diabetes, que aumenta o risco de infecções e complicações na pele.
  • Circuncisão mal executada, que pode causar cicatrizes e retração da pele.
  • Linfedema penoscrotal, um inchaço crônico que afeta o escroto e o pênis.
  • Balanite xerótica obliterante (BXO), doença inflamatória que pode aprisionar a glande.
  • Alterações nos ligamentos que sustentam o pênis, permitindo sua retração para dentro da gordura púbica.

Em alguns casos, a condição se manifesta ainda na infância e pode se resolver sozinha. Mas, em quadros persistentes ou graves, é necessário tratamento médico.

Diferença entre pênis enterrado e micropênis

É importante não confundir o pênis enterrado com o micropênis. No segundo caso, trata-se de um órgão anatomicamente pequeno, com comprimento inferior ao esperado para a idade. Já no pênis enterrado, o tamanho é normal, mas a retração para dentro da gordura ou da pele faz com que pareça menor ou quase invisível.

Tratamentos para o pênis enterrado

O tratamento do pênis enterrado pode variar conforme a gravidade. Em casos mais simples, mudanças no estilo de vida — como perda de peso e controle do diabetes — já ajudam a aliviar sintomas.

No entanto, muitos pacientes precisam de cirurgia reconstrutiva. O procedimento pode incluir:

  • Remoção do excesso de gordura na região púbica (escuteonectomia ou paniculectomia).
  • Enxerto de pele para reconstruir áreas comprometidas.
  • Fixação do corpo peniano à base do osso púbico para evitar retração.
  • Lipoaspiração local para reduzir o acúmulo de gordura.

De acordo com urologistas, a cirurgia melhora não apenas a aparência, mas também a função sexual e urinária, devolvendo qualidade de vida aos pacientes.

Conscientização e saúde mental

Um dos grandes desafios do pênis enterrado é o tabu. Muitos homens se sentem constrangidos, evitam consultas médicas e até mesmo relações íntimas. Urologistas alertam que a falta de diagnóstico precoce pode agravar complicações e aumentar o impacto psicológico.

Conscientizar sobre a existência do problema e divulgar os tratamentos para pênis enterrado é essencial para que mais pacientes procurem ajuda e tenham sua saúde física e emocional preservada. Fale com o seu urologista!

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*Com informações do O Globo