Mobilidade

Pesquisa revela quanto tempo o goianiense passa dentro do carro por dia; veja

Pesquisa realizada pelo instituto Ipsos constatou que goianiense toparia deixar carro na garagen se transporte público fosse melhor

Pesquisa aponta quanto tempo o goianiense passa dentro do carro por dia; veja (Foto: Agência Brasil)
Pesquisa aponta quanto tempo o goianiense passa dentro do carro por dia; veja (Foto: Agência Brasil)

Pesquisa realizada pelo instituto Ipsos entre os dias 1º e 20 de julho de 2025 em Goiânia e outras nove capitais brasileiras jogou luz sobre gargalos da área de mobilidade urbana das principais metrópoles brasileiras. O levantamento constatou, por exemplo, que o goianiense passa, em média, 1h38 dentro do carro por dia e que toparia deixar o carro na garagem se o sistema de transporte público fosse um pouco melhor.

Embora o tempo de permanência do goianiense dentro do carro para cumprir os diversos trajetos do dia a dia (como ir à escola ou voltar do trabalho) pareça elevado, fato é que em oito das capitais pesquisadas a minutagem que a pessoa gasta no trânsito é maior. Os destaques são para Belém (PA), com média de 2h10 por dia, e Manaus, com 2h08 por dia. São Paulo, a maior cidade do Brasil, marcou 1h58.

Em Goiânia, 2% dos entrevistados passam mais de quatro horas no carro, 5% passam de três a quatro horas, 14% passam de duas a três horas, 10% passam de uma hora e meia a duas, 20% passam de uma hora a uma hora e meia e 12% passam no máximo 30 minutos.

A pesquisa mostra também que, entre as de capitais pesquisadas, Goiânia se destaca pelo uso massivo do automóvel: 41% utilizam carro próprio na maior parte do tempo e 10% andam em veículos por aplicativo. Nas outras capitais, o percentual de pessoas com carro particular é substancialmente menor. A segunda colocada, por exemplo, é Belo Horizonte, com 25%. Na sequência vêm Porto Alegre (21%), São Paulo (20%) e Manaus (16%).

Ao lado de Manaus, Goiânia é também a cidade com menor aderência ao transporte coletivo. 51% dizem não ter o costume de andar de ônibus na capital dos goianos e 35% na capital dos amazonenses.

O levantamento também perguntou qual deve ser a prioridade do poder público na área de mobilidade urbana para os moradores de cada uma das dez capitais que sediaram a pesquisa. Constatou-se que as demandas variam de cidade para cidade, mas que em Goiânia, especificamente, o que a população mais anseia é a diminuição do tempo de espera pelo transporte público coletivo nos pontos, estações ou terminais (49%). Pediram mais linhas de ônibus 32%, melhorar a ventilação dos ônibus 12% mais higienização 15% e mais acessibilidade para pessoas com deficiência 11%.

44% disseram que, se o trajeto feito de transporte público fosse mais rápido do que com qualquer outro meio de transporte, topariam deixar o carro ou a moto na garagem. 31% só o fariam se não tivessem ou não pudessem utilizar o veículo próprio. Apenas 9% dos goianienses responderam que não usariam transporte coletivo em hipótese nenhuma.

Principal problema

O instituto Ipsos também questionou qual é o principal gargalo do transporte público na opinião dos moradores de cada uma das dez capitais. Em Goiânia, 29% responderam que é a lotação; empatados com 14% em segundo lugar ficaram a frequência e o estado de conservação dos veículos de maneira geral. Complementam o ranking o preço da tarifa (11%), a pontualidade (9%), conforto (4%), acessibilidade (4%), segurança (3%) e ventilação (2%).

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