prisão domiciliar

PF cumpre mandados de prisão contra 10 condenados por trama golpista

As ordens foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes

As ordens foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes PF cumpre mandados de prisão contra 10 condenados por trama golpista
(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) cumpre, neste sábado (27/12), 10 mandados de prisão domiciliar contra condenados pela trama golpista julgada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). As ordens foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes e estão sendo cumpridas no Distrito Federal e em sete estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia e Tocantins.

A operação ocorre um dia após a prisão do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, detido no Paraguai ao tentar fugir com documentos falsos. Vasques, que também foi condenado no processo, já foi entregue à PF. Segundo Moraes, há “fundado receio” de novas tentativas de fuga, citando ainda o caso de Alexandre Ramagem, condenado e atualmente nos Estados Unidos.

Entre os alvos estão Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); Ângelo Denicoli, major da reserva do Exército; Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça; e Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL). Também foram alcançados militares da ativa e da reserva condenados por participação nos núcleos 2, 3 e 4 da organização.

Medidas cautelares

Além das prisões domiciliares, o STF impôs medidas cautelares aos condenados, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de uso de redes sociais, vedação de contato com outros investigados, entrega de passaportes, suspensão de porte de arma e proibição de visitas. Os alvos passarão por audiências de custódia ainda neste sábado.

Núcleos da trama

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o núcleo 2 atuou no monitoramento de autoridades, na tentativa de impedir a votação em 2022 e na elaboração da chamada “minuta do golpe”. O núcleo 3 foi responsável pelo planejamento das ações mais violentas, incluindo planos contra autoridades. Já o núcleo 4 disseminou desinformação para gerar instabilidade institucional.

As ordens judiciais contam com apoio do Exército Brasileiro em parte das diligências. A PF informou que o cumprimento segue em andamento nas unidades da federação citadas.