INVESTIGAÇÃO

Polícia Civil investiga se morte de jovem de 28 anos em Belo Horizonte teve motivação política

Após a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na noite deste…

Polícia Civil investiga se morte de jovem de 28 anos em Belo Horizonte teve motivação política
Polícia Civil investiga se morte de jovem de 28 anos em Belo Horizonte teve motivação política (Foto: Reprodução - Redes sociais)

Após a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na noite deste domingo (30), um apoiador de Jair Bolsonaro (PL), não teve a identidade revelada pela Polícia Civil, assassinou a tiros o jovem Pedro Henrique Dias Soares, de 28 anos, na garagem de sua casa no bairro Nova Cintra, em Belo Horizonte. O suspeito, de 36 anos, também baleou outras quatro pessoas ao final da apuração: duas mulheres de 47 anos, uma de 40 e uma criança de 12. O caso é investigado como crime de motivação política.

De acordo com a Polícia Militar, o suspeito estava sob o efeito de álcool quando decidiu sair em “busca de traficantes”. Ele relatou aos agentes que “atirou aleatoriamente” ao sair de casa. As primeiras vítimas foram duas mulheres : uma de 47 e outra de 40, ambas atingidas de raspão e encaminhadas para a UPA Oeste.

Em seguida, ele avistou a garagem em que Pedro e sua família comemoravam a vitória de Lula. A mãe, de 47 anos, e uma prima, de 12, decidiram abrir o portão da casa para festejar na rua. Foi quando o suspeito atirou nos três. Todos foram encaminhadas ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, mas o jovem não resistiu aos ferimentos no abdômen e no ombro.

À Record TV, uma tia de Dias relatou que dez pessoas estavam no local acompanhando a apuração dos votos. Entre elas, havia também apoiadores de Bolsonaro.

A Polícia Militar apreendeu duas armas de fogo — uma pistola calibre 9mm e uma 380 — e uma faca. Na casa do detento, uma arma de fogo e mais 500 munições foram encontradas.

A Polícia Civil investiga o caso com motivação política, mas nenhuma linha foi descartada. O suspeito foi preso em flagrante pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio. A defesa dele alega surto psicótico e não cunho político.