Preso suspeito de matar ex da mulher após descobrir mensagens em WhatsApp
Natha Alex de Lima se passou pela esposa para atrair Bruno Henrique Silva, executado com 11 tiros em junho deste ano no Setor Morada do Sol, em Goiânia
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH), apresentou nesta quinta-feira (1º), Natha Alex de Lima, de 25 anos, suspeito de matar Bruno Henrique Silva, de 32 anos, em junho deste ano, no Setor Morada do Sol, em Goiânia. Segundo a polícia, Natha descobriu que Bruno estava enviando mensagens para sua esposa e se passou por ela durante as conversas para atrair a vitima até o local do crime.
O delegado Paulo Ribeiro, responsável pelo caso, disse que a esposa de Natha teve um caso com a vítima antes de conhecê-lo. A mulher ficou grávida de Bruno, mas ele não assumiu a criança, que hoje está com seis anos. “Ela então conheceu o Natha, que assumiu, registrou e criou a criança como se fosse dele”, explicou. Ainda de acordo com a polícia, o interesse de Bruno em conhecer a criança foi o motivo para o crime.
A polícia explica que a partir do celular da vítima foi possível iniciar as investigações e chegar até Natha. “Ele criou um perfil falso e a vítima até suspeitou que não fosse a mulher pelo modo de falar”, declarou. “Por tudo isso acreditamos que a mulher não teve participação, mas Natha armou toda essa situação”, afirma.
Natha tinha dois mandados de prisão em aberto expedido pela comarca de Jaraguá e de Goiânia por tentativa de homicídio. Além disso também tem várias passagens pela polícia e é suspeito de ter cometido outros homicídios. A polícia vai investigar as denúncias.
O delegado ressaltou que foi uma prisão difícil de ser concluída, justamente por que o jovem tem uma vasta ficha criminal e a pistolagem pode ser seu meio de vida. O suspeito tem estrutura financeira e logística para escapar da polícia.
O jovem foi preso em um hospital de Ceres, enquanto se preparava para uma cirurgia. Ele faz tratamento contra um câncer no estômago. Natha vai responder por homicídio qualificado e, se condenado, pode ficar preso por até 30 anos.